Para 2014, a ONU prevê expansão de 4,2% para o PIB brasileiro, ante projeção feita em janeiro de crescimento de 4,4% (Johannes Simon/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 16h17.
Nova York - A Organização das Nações Unidas (ONU) rebaixou nesta quinta-feira as projeções de crescimento para o Brasil em 2013 e 2014. A expectativa é que, neste ano, o Produto Interno Bruto (PIB) do país tenha expansão de 3%. Em janeiro, quando a ONU divulgou as estimativas inicias para o ano, a expectativa era de alta de 4%.
O Brasil foi o país com a maior revisão para baixo nas projeções, de acordo com o relatório "Situação Econômica Mundial e Perspectivas". O documento faz uma atualização das previsões e perspectivas divulgadas pela organização em janeiro.
Para 2014, a ONU prevê expansão de 4,2% para o PIB brasileiro, ante projeção feita em janeiro de crescimento de 4,4%. O país deve crescer menos que a América Latina em 2013, que tem expansão prevista de 3,6% este ano, 0,3 a menos do que a previsão feita em janeiro. O México deve ser o destaque na região, com expansão prevista de 3,9% (número que inclui também países da América Central). Para a economia mexicana, a previsão divulgada nesta quinta-feira é a mesma feita em janeiro, não houve mudanças.
O documento da ONU destaca que a economia mundial ainda patinará este ano, com países crescendo abaixo do potencial e expectativa de aceleração maior em 2014. O PIB global deve crescer 2,3%, 0,1 ponto a menos do que a ONU previa em janeiro. Para 2014, a expansão deve ficar em 3,1%, também 0,1 um ponto a menos. A criação de empregos continuará fraca nos países desenvolvidos, que devem se expandir apenas 1%, 0,1 ponto a menos do que o previsto em janeiro.
Os países em desenvolvimento devem ser os destaques de expansão este ano e em 2014, crescendo 5% e 5,4%, respectivamente. Mas o documento cita que grandes países emergentes, como Brasil e a China, ainda têm de resolver questões estruturais para poderem crescer mais.
No caso do Brasil, a ONU cita que a economia vai se recuperar depois de crescer apenas 0,9% em 2012 puxada pela retomada do investimento como reflexo das políticas de estímulo do governo, que incluem corte de tarifas de energia, desoneração da folha de pagamentos e redução dos juros.