Coreia do Norte: a resolução elaborada pelos EUA também proíbe as exportações de cobre, níquel, prata e zinco e a venda de estátuas (KNS/AFP)
Reuters
Publicado em 30 de novembro de 2016 às 19h00.
Última atualização em 30 de novembro de 2016 às 19h13.
Nações Unidas - O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) impôs novas sanções à Coreia do Norte nesta quarta-feira, cuja meta é reduzir em um quarto a renda anual do país asiático com exportações, em reação ao quinto e maior teste nuclear de Pyongyang, realizado em setembro.
O Conselho de 15 membros adotou por unanimidade uma resolução cortar em cerca de 60 por cento o principal item de exportação norte-coreano, o carvão, impondo um teto de vendas anual de 400,9 milhões de dólares ou 7,5 milhões de toneladas métricas - o que for mais baixo.
A resolução elaborada pelos Estados Unidos também proíbe as exportações de cobre, níquel, prata e zinco e a venda de estátuas.
Os EUA são realistas no tocante ao que as novas sanções à Coreia do Norte - também conhecida como República Popular Democrática da Coreia (DPRK, na sigla em inglês) - irão conseguir, disse a embaixadora norte-americana na ONU, Samantha Power, ao Conselho depois da votação.
"Provavelmente nenhuma resolução tomada em Nova York irá, amanhã, persuadir Pyongyang a cessar sua busca implacável por armas nucleares. Mas esta resolução impõe custos sem precedentes ao regime da DPRK por desafiar as exigências deste Conselho", disse a embaixadora.
"No total, esta resolução irá cortar em ao menos 800 milhões de dólares por ano a moeda forte que a DPRK tem para financiar seus programas de armas proibidos, o que constituiu 25 por cento de toda a renda de exportações da DPRK", acrescentou.
A Coreia do Norte vem sendo submetida a sanções da ONU desde 2006 por causa de seus testes com mísseis nucleares e balísticos.