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ONS reduz projeção de chuvas em junho para todo país

O Sul encerrará o mês com reservatórios em 92,7% de suas capacidades, abaixo dos 95,6% calculados anteriormente

 (Getty Images/Getty Images)

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EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de junho de 2017 às 15h46.

Última atualização em 16 de junho de 2017 às 22h11.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) reduziu a previsão de chuvas para junho em todo País, mas ainda espera que um volume significativo de água, acima da média para o período, chegue aos reservatórios das hidrelétricas do Sul e Sudeste. A Energia Natural Afluente (ENA) esperada para o Sul neste mês passou a ser de 297% da média de longo termo (MLT), ante os 330% projetados na semana passada. Já para o Sudeste a previsão caiu dos 113% para os 106%. As afluências esperadas para o Norte foram reduzidas de 64% para 61%, enquanto a expectativa para o Nordeste foi mantida em 34%.

Com a revisão das estimativas, o ONS também atualizou a projeção para a Energia Armazenada (EAR) nos reservatórios do sistema ao final de junho. O Sul encerrará o mês com reservatórios em 92,7% de suas capacidades, abaixo dos 95,6% calculados anteriormente e dos 93,7% anotados nesta sexta-feira, 16.

A previsão para o Sudeste foi praticamente mantida em 42,8% (-0,1 ponto porcentual), o que corresponde a um ligeiro consumo de volume armazenado em relação aos 43,1% de hoje. O Nordeste também deverá gastar reservatório, com a EAR recuando dos 18,9% de hoje para 17,7% da capacidade. O nível dos reservatórios do Norte terá leve queda, dos 65,1%, para 64,8%.

ONS também revisou sua previsão de carga para o Sistema Interligado Nacional (SIN) em junho elevando o montante esperado dos 63.031 MW médios estimados na semana passada para 63.191 MW médios, o que corresponde a uma alta de 1,8% da carga na comparação com o registrado em igual mês do ano passado - anteriormente a expectativa era de aumento de 1,6%.

Foi elevada a projeção de carga para o subsistema Sudeste/Centro-Oeste, passando a esperar uma expansão de 2,5% em relação a junho de 2016, acima dos 2% previstos na semana passada. Por outro lado, para o Sul houve uma redução da estimativa de carga e agora se espera um recuo de 2,9%, acima dos 2,7% anteriores. A carga do Nordeste deve crescer 1,5% na mesma comparação (a previsão anterior indicava alta de 1,2%), enquanto para o Norte a projeção permaneceu praticamente estável, com alta de 8% (ante 7,9%).

CMO

Diante da redução da previsão de chuvas e da expectativa de carga maior, o Custo Marginal de Operação (CMO) voltou a subir e foi estabelecido em R$ 119,64 por megawatt/hora (MWh) para Sudeste/Centro-Oeste, Nordeste e Sul, acima dos R$ 80,38/MWh da semana passada. No Sul, o CMO ficou em R$ 66,61/MWh, saindo do custo zerado das últimas semanas.

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