Economia

ONS reduz previsão de chuvas e eleva estimativa de carga

ONS prevê que as chuvas no Sudeste deverão ficar a 69% da média histórica no próximo mês, numa redução ante o nível estimado na semana passada, de 74%


	Homem caminha no solo seca da represa: ONS prevê que as chuvas no Sudeste deverão ficar a 69 por cento da média histórica no próximo mês
 (Paulo Fridman/Bloomberg)

Homem caminha no solo seca da represa: ONS prevê que as chuvas no Sudeste deverão ficar a 69 por cento da média histórica no próximo mês (Paulo Fridman/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 13h47.

São Paulo - O Operador Nacional do Sistema (ONS) divulgou nesta sexta-feira previsões oficiais para a situação de energia elétrica do país em que estima que o nível de represas de hidrelétricas Sudeste cairá para 15 por cento no fim de novembro. A previsão na semana passada era de 15,5 por cento.

Ao mesmo tempo, o ONS prevê que as chuvas no Sudeste deverão ficar a 69 por cento da média histórica no próximo mês, numa redução ante o nível estimado na semana passada, de 74 por cento. Os dados constam do relatório Programa Mensal de Operação (PMO).

Já sobre o consumo de carga de energia na região, a expectativa do ONS é de que subirá 2,3 por cento, numa expansão em relação aos 1,8 por cento previsto em relatório divulgado na sexta-feira passada.

Para o Nordeste, a expectativa para o fim do mês é de chuvas a 38 por cento da média histórica de novembro, represas a 11,5 por cento e consumo de carga avançando 4,7 por cento.

Segundo a expectativa do ONS, a previsão de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN) do país é de crescimento de 2,9 por cento no final de novembro ante estimativa da semana passada de aumento de 2,6 por cento.

Atualmente, o nível das hidrelétricas do Sudeste é pior que o registrado ao final de outubro de 2000, ano pré-racionamento, e especialistas do setor têm alertado que há grande risco de racionamento em 2015 se não chover perto das médias históricas durante o período úmido.

Apesar disso, o diretor-geral do ONS, Hermes Chipp, reiterou mais cedo que não há risco de racionamento de energia no país.

Na quarta-feira, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) elevou para 5 por cento o risco de déficit de energia em 2015 no Sudeste e Centro-Oeste do país, atingindo assim o risco máximo tolerável no sistema. No mês passado, o CMSE estimava esse risco em 4,7 por cento.

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