Economia

Ômicron pode agravar riscos como gargalos de oferta e inflação, diz OCDE

A economista-chefe acrescentou que, no relatório recente, a OCDE abandonou o uso da palavra "temporário" para caracterizar o atual choque inflacionário no mundo

 (Andriy Onufriyenko/Getty Images)

(Andriy Onufriyenko/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 1 de dezembro de 2021 às 13h59.

A economista-chefe da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), Laurence Boone, afirmou nesta quarta-feira que a emergência da variante Ômicron do coronavírus adiciona incertezas ao cenário econômico global e pode agravar riscos como gargalos nas cadeias produtivas e inflação. Os comentários foram feitos em coletiva de imprensa após a divulgação do relatório de perspectivas econômicas da entidade. No documento, a Organização cortou a previsão para crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) mundial de 5,7% para 5,6%.

Boone também exortou a comunidade internacional a acelerar os esforços de vacinação contra o coronavírus, sob o risco de persistirem os desequilíbrios econômicos que predominam no momento.

Ela disse ainda que os bancos centrais devem sinalizar que vão agir caso os problemas se tornem duradouros, mas ponderou que não cabe aos BCs lidar com as questões de oferta.

A economista-chefe acrescentou que, no relatório recente, a OCDE abandonou o uso da palavra "temporário" para caracterizar o atual choque inflacionário no mundo.

Questionada sobre o Brasil, Boone pontuou que a inflação no país tem avançado por conta do quadro global, escalada dos preços de energia e questões do clima.

Segundo ela, o BC brasileiro agiu rapidamente para conter o movimento.

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