Economia

Olaf Scholz questiona tarifa da UE e propõe acordo com a China sobre carros elétricos

Scholz pede flexibilização das metas ambientais e acordo rápido com a China para proteger a indústria automotiva

Carros elétricos na China: a WEG tem parceria para estação de carregamento com um grupo crescente de montadoras (VCG/Getty Images)

Carros elétricos na China: a WEG tem parceria para estação de carregamento com um grupo crescente de montadoras (VCG/Getty Images)

China2Brazil
China2Brazil

Agência

Publicado em 20 de dezembro de 2024 às 16h19.

Última atualização em 20 de dezembro de 2024 às 17h10.

Tudo sobreEconomia
Saiba mais

Scholz critica tarifas e pede soluções para a crise automotiva

O chanceler alemão, Olaf Scholz, voltou a criticar a União Europeia durante a cúpula da UE em 19 de dezembro, por impor tarifas adicionais sobre carros elétricos importados da China. Ele pediu negociações rápidas para resolver o impasse e sugeriu um plano para promover a produção e as vendas de carros elétricos na Europa.

Scholz enfatizou a necessidade de flexibilizar as metas de emissão de dióxido de carbono impostas aos fabricantes de automóveis. “Não faz sentido que a UE aplique multas elevadas enquanto a indústria automobilística global enfrenta uma crise”, afirmou. Pela legislação da UE, a partir de 2025, as empresas que não cumprirem as restrições ambientais enfrentarão multas significativas.

Preocupação de países europeus e impacto nos consumidores

Itália, Polônia, Áustria e outros cinco países enviaram uma carta conjunta à Comissão Europeia alertando que as multas e tarifas podem agravar a crise no setor automotivo. Analistas apontam que tarifas extras dificultam o acesso dos consumidores a carros elétricos acessíveis e de qualidade, complicando ainda mais a transição para a eletrificação na Europa.

A insistência da UE em impor essas tarifas também coloca desafios à transformação verde, tornando o caminho mais difícil para fabricantes europeus que competem com a eficiência e os preços dos modelos chineses.

A crítica recorrente de Scholz

Essa não foi a primeira vez que Scholz manifestou sua insatisfação. Em outubro, durante discurso no Bundestag, ele já havia alertado sobre os riscos de tarifas extras para a indústria europeia. O chanceler destacou que vários países da UE e executivos de fabricantes de carros alemães se opõem à medida e pediu uma solução conjunta entre a União Europeia e a China.

A postura de Scholz reflete as preocupações da Alemanha, cujo setor automotivo desempenha um papel crucial na economia. Ele defende que acordos diplomáticos e incentivos à produção local de carros elétricos sejam o caminho mais viável para fortalecer a indústria sem prejudicar a competitividade.

Acompanhe tudo sobre:EconomiaChinaBrasil

Mais de Economia

Subsídios na China fazem vendas de eletrônicos crescer até 400% no ano novo lunar

Conta de luz não deve ter taxa extra em 2025 se previsão de chuvas se confirmar, diz Aneel

Após receber notificação da AGU, TikTok remove vídeo falso de Haddad

Governo pode perder até R$ 106 bi com renegociação de dívida dos estados, estima Tesouro Nacional