Economia

OIT prevê 1 mi de novos desempregados na América Latina em 2017

A previsão de aumento da taxa de desemprego entre 8,1% a 8,4% é devida ao débil crescimento projetado para as economias da região

Desemprego: "Os indicadores e prognósticos confirmam que a situação trabalhista está se tornando mais preocupante" (Arquivo/VEJA)

Desemprego: "Os indicadores e prognósticos confirmam que a situação trabalhista está se tornando mais preocupante" (Arquivo/VEJA)

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EFE

Publicado em 24 de maio de 2017 às 21h47.

Lima - A Organização Internacional do Trabalho (OIT) afirmou nesta quarta-feira que cerca de um milhão de pessoas ficarão sem emprego durante 2017 na América Latina e no Caribe, o que pode elevar para mais de 26 milhões o número de desempregados na região.

As previsões da OIT indicam que a taxa de desemprego na região latino-americana poderia aumentar de 8,1% a 8,4%, devido ao débil crescimento projetado para as economias da região.

"São as taxas mais altas da última década", destacou o diretor da OIT para América Latina e Caribe, José Manuel Salazar.

Salazar comentou que o crescimento de 1,1% calculado pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) para a região "não será suficiente para mudar o rumo das tendências negativas no mercado de trabalho".

"Depois de um abrupto aumento na média regional do desemprego em 2016, se prevê que 2017 termine com um novo aumento", advertiu.

"À medida que vai transcorrendo o ano, os indicadores e prognósticos confirmam que a situação trabalhista está se tornando mais preocupante", acrescentou.

Salazar ressaltou que, ainda que o comportamento dos países seja heterogêneo e em alguns inclusive possa diminuir a taxa de desocupação, a média regional reflete uma realidade onde "em 2016 houve aumentos na taxa de desemprego em 15 dos 21 países onde se tem dados".

O diretor regional da OIT alertou ainda que o aumento do desemprego pode acarretar um novo crescimento da informalidade, na qual já estão 134 milhões de latino-americanos, além de quedas nos salários e um aumento do trabalho por conta própria.

Salazar destacou também a necessidade de "ligar novos motores de crescimento" para enfrentar com novas políticas os "múltiplos desafios apresentados por este cenário para os países".

"O mau desempenho nos mercados de trabalho dos últimos anos não poderá ser revertido de maneira fundamental sem grandes esforços em matéria de desenvolvimento produtivo, inovação e talento humano", concluiu Salazar. EFE

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