Economia

Oil World reduz previsão de soja de Brasil e Argentina

As estimativas ficaram menores que no último relatório da Oil World de 23 de março, por conta da seca na Argentina e perdas por doenças fúngicas no Brasil

Com as safras mais fracas na América do Sul, os Estados Unidos precisarão de clima favorável e produtividade acima da média para atender à demanda global (Igor Spanholi/Stock.Xchnge)

Com as safras mais fracas na América do Sul, os Estados Unidos precisarão de clima favorável e produtividade acima da média para atender à demanda global (Igor Spanholi/Stock.Xchnge)

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Da Redação

Publicado em 10 de abril de 2012 às 13h34.

Hamburgo - A safra de soja do Brasil na atual temporada foi estimada em 65,5 milhões de toneladas, em queda de 1 milhão de toneladas em relação à previsão anterior, disse a consultoria alemã Oil World nesta terça-feira.

Já a safra argentina da oleaginosa foi reduzida em 1,5 milhão de toneladas pela consultoria, para 45 milhões de toneladas.

As estimativas ficaram menores que no último relatório da Oil World de 23 de março, por conta da seca na Argentina e perdas por doenças fúngicas no Brasil.

"A oferta mundial de soja tornou-se muito mais ajustada depois das repetidas revisões para baixo na produção da América do Sul", disse a Oil World.

Os preços da soja testaram máximas de sete meses na quinta-feira por expectativas do efeito da seca na colheita da América do Sul, que poderá transferir a demanda importadora para os Estados Unidos.

Os Estados Unidos são o maior produtor de soja do mundo, seguido por Brasil e Argentina.

A expectativa de uma safra menor na América do Sul significa que a produção de soja na temporada global 2011/12 cairá para 240,42 milhões de toneladas, ante 265,76 milhões de toneladas do ciclo anterior, estimou o Oil World.

"Isto aumentará a dependência global de soja dos Estados Unidos e seus derivados na primeira metade da próxima safra", disse.

Com as safras mais fracas na América do Sul, os Estados Unidos precisarão de clima favorável e produtividade acima da média para atender à demanda global, ressaltou.

Os produtores norte-americanos também precisarão elevar o cultivo em pelo menos 2-3 milhões de acres (800 mil a 1,2 milhão de hectares) acima do indicado no relatório de plantio dos EUA, de 30 de março, acrescentou a Oil World.

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