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Da Redação
Publicado em 29 de junho de 2010 às 12h31.
Hamburgo - China comprou óleo de soja do Brasil em parte com embarque em junho e julho, uma vez que uma disputa comercial suspendeu as importações da Argentina, principal exportador, informou nesta terça-feira a Oil World.
"A China adquiriu uma ampla quantidade de 400 a 500 mil toneladas de óleo de soja do Brasil, das quais cerca de 260 mil toneladas estão sendo exportadas em junho e aproximadamente 150 mil toneladas em julho", acrescentou a consultoria com sede em Hamburgo.
O Brasil exportou apenas 44 mil toneladas de óleo de soja para a China em maio. Não está claro quando as aquisições foram feitas.
A China, um grande comprador de óleo de soja, bloqueou em março as importações da Argentina, maior exportador mundial, após o país sul-americano adotar tarifas antidumping sobre alguns produtos chineses.
A China também tem comprado óleo de soja dos Estados Unidos, informou a Oil World.
Em junho, os EUA registraram sua primeira venda de óleo de soja para a China desde abril de 2009, e há expectativas de mais vendas uma vez que o país asiático procura alternativas à oferta argentina.
"Os Estados Unidos devem embarcar pelo 115 mil toneladas de óleo de soja para a China, das quais a maior parte (será entregue) em julho", disse ele.
A Oil World estimou que a China vai importar pelo menos 700 mil toneladas de óleo de soja em julho/setembro de 2010, provavelmente o suficiente para cobrir suas necessidades e apenas ligeiramente abaixo das 782 mil toneladas importadas no mesmo período do ano anterior.
"As amplas aquisições chinesas de óleo de soja brasileiro vão provocar uma apreciação dos preços brasileiros e devem resultar em uma escassez de oferta no mercado doméstico (brasileiro)", completou a consultoria.
O Brasil pode precisar importar óleo de soja da Argentina em julho para atender às suas necessidades domésticas por conta das amplas exportações chinesas, acrescentou a Oil World.
"Enquanto isso, os tradicionais consumidores brasileiros vão trocar para a origem argentina, o que vai manter as exportações da Argentina relativamente altas em junho e julho, principalmente para a Índia."