Washington - O mundo será inundado com soja na temporada 2014/15, com crescimentos importantes na produção dos dois maiores produtores, os Estados Unidos e o Brasil, disse nesta sexta-feira o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA).
Na esteira da projeção de uma safra recorde, os estoques de soja dos EUA irão mais que dobrar, para 330 milhões de bushels em 2014/15, ante um reduzido volume de 130 milhões de bushels do atual ano comercial.
A oferta norte-americana permanecerá pequena, porém, até o início da colheita em setembro.
O USDA elevou sua estimativa para as importações de soja pelos EUA a 90 milhões de bushels para ajudar a cobrir o déficit nos próximos meses.
Mas a safra 2014/15 sinaliza uma história diferente, com a produção mundial aproximando-se de 300 milhões de toneladas, contra 284 milhões de toneladas em 2013/14, puxando também uma forte alta dos estoques globais.
O Brasil deverá produzir um recorde de 91 milhões de toneladas, enquanto os EUA terão uma safra de 98,93 milhões de toneladas, segundo projeções do USDA.
A oferta de milho deve ser ampla, mas não excessivamente grande no próximo ano safra, em parte porque os estoques 2013/14 continuam a diminuir.
O USDA cortou o número para os estoques de milho a 1,146 bilhão de bushels, ante 1,331 bilhão em abril, dando sequência a uma série de reduções iniciadas em dezembro. Para 2014/15, os estoques finais estão previstos em 1,726 bilhão de bushels, acima das expectativas.
A produção de trigo de inverno dos EUA em 2014 deverá ser 9 por cento menor ante um ano atrás, a 1,4 bilhão de bushels. A produção total de trigo é vista em 1,963 bilhão de bushels comparado a estimativas de traders, de 2,046 bilhões, e 8 por cento menor no ano.
O USDA surpreendeu ao elevar os estoques globais de 2013/14 projetados em 10 milhões de toneladas ante o mês atrás, para 168,42 milhões de toneladas. Para 2014/15, os estoques serão ainda maiores, somando 181,73 milhões de toneladas.
A China deve importar apenas 3 milhões de toneladas de milho 2014/15, queda ante as 4,5 milhões de toneladas do atual ano.
Porém os chineses devem manter apetite voraz por soja, com importações projetadas em 72 milhões de toneladas, ante 69 milhões do atual ano. A China responderá por dois terços do total comercializado no mundo no novo ciclo.
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1. Souza Cruz aposta no segmento premium
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1/10 (GENARO JONER)
São Paulo – A Souza Cruz encerrou 2010 como a mais lucrativa do setor de agronegócios, segundo o ranking de Melhores e Maiores de EXAME. Seu lucro líquido ajustado foi de 1,338 bilhão de reais. Ao divulgar seus números anuais, a empresa destacou o forte crescimento da receita no mercado premium de cigarros. A Souza Cruz também continuou diversificando suas fontes de faturamento, usando sua estrutura de distribuição para entregar produtos de parceiros nos pontos de venda que já atende.
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2. Yara mantém lucro, apesar de pressão do câmbio
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2/10 (LEOMAR JOSE MEES)
A Yara Fertilizantes registrou lucro líquido ajustado de 860,6 milhões de reais. A cifra a colocou como a segunda empresa mais lucrativa do agronegócio em 2010. No ano passado, o principal desafio da empresa foi atenuar a pressão do câmbio, que levou a uma queda de 13% na receita líquida. Para compensá-la, a empresa manteve o volume de vendas físicas e focou em insumos de maior valor agregado. Além disso, a melhoria dos preços internacionais de fertilizantes, no terceiro e quarto trimestres, ajudou a recuperar as margens.
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3. Suzano ganha com aumento de preços internacionais
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3/10 (Germano Lüders)
O terceiro maior lucro do setor de agronegócio coube à Suzano Papel e Celulose, com 791,1 milhões de reais. O reajuste da celulose no mercado mundial e do papel no mercado interno foi o principal fator que sustentou os resultados da companhia. A Suzano viu sua venda física de celulose recuar quase 10% no ano passado, em relação a 2009. Já as vendas de papel cresceram 3,7%.
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4. Cosan ganha com o câmbio
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4/10 (DIVULGACAO)
A Cosan apresentou lucro líquido ajustado de 768,8 milhões de reais, o que a colocou na quarta posição entre as mais rentáveis do agronegócio. A empresa atribuiu o resultado a quatro fatores: a elevação dos preços em todos os segmentos em que atua, o aumento do volume de produção e vendas, o efeito positivo do dólar sobre a empresa, e os ganhos gerados pelo Refis, o programa de refinanciamento fiscal do governo federal.
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5. Sadia fica em quinto lugar
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5/10 (DIVULGACAO)
Embora tenha se fundido com a Perdigão, a Sadia ainda figurou como a quinta mais rentável do ranking de Melhores e Maiores de EXAME, com lucro líquido ajustado de 708,8 milhões de reais. Quando se considera os valores em dólares, o lucro ficou em 425,4 milhões de dólares. Como o patrimônio líquido ajustado foi de 2,458 bilhões de dólares, a rentabilidade da empresa ficou em 16,5%.
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6. Klabin cresce no mercado interno
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6/10 (Marcelo Min)
A Klabin é na sexta empresa mais lucrativa do agronegócio brasileiro, com lucro líquido ajustado de 560,5 milhões de reais. A empresa foi impulsionada, entre outros fatores, pela expansão de 17% nas vendas no mercado interno, para 1,7 milhão de toneladas de papel cartão, revestido e outros. Já no mercado externo, o volume exportado permaneceu praticamente estável, com 554.000 toneladas. Além disso, a desvalorização do dólar frente ao real corroeu parte dos ganhos em reais, oriundos das exportações.
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7. Duratex aposta na melhoria da carteira de produtos
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7/10 (LEO CALDAS)
A Duratex encerrou 2010 com lucro líquido ajustado de 370,4 milhões de reais. A cifra a colocou como a sétima empresa mais rentável do setor de agronegócios. Para chegar lá, a empresa apostou na melhoria do mix de produtos, na recuperação dos preços e no aumento do volume de vendas.
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8. Fibria fica em oitavo lugar
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8/10 (GERMANO LUDERS)
Outra fabricante de papel e celulose integra a lista das empresas lucrativas do agronegócio. Trata-se da Fibria. Seu lucro líquido ajustado de 351,4 milhões de reais a coloca na oitava posição neste ranking. A Fibria conta com cinco fábricas, cuja capacidade atinge 5,25 milhões de toneladas de celulose por ano. A empresa também possui 50% de participação na Veracel, operação cuja sócia é a Stora Enso.
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9. Cenibra lidera crescimento no setor de papel e celulose
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9/10 (NELIO RODRIGUES)
A Cenibra é a nona empresa mais lucrativa do agronegócio. Em 2010, seus ganhos somaram 319,9 milhões de reais. A companhia também apresentou outro indicador de destaque – foi a que mais aumentou seu faturamento no ano: 45%, para 898 milhões de dólares. Controlada por um consórcio japonês liderado pela Oji Paper, a Cenibra tenta, agora, desengavetar o projeto de duplicação da capacidade produtiva. Orçado em 2 bilhões de dólares, o projeto foi suspenso há três anos, logo após sua aprovação, devido à eclosão da crise mundial.
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10. Case New Holland põe o setor de máquinas na lista
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10/10 (Germano Lüders)
Controlada pela italiana Fiat, a Case New Holland é a única representante do setor de máquinas agrícolas na lista das dez empresas mais lucrativas do agronegócio. No ano passado, a empresa gerou ganhos líquidos ajustados de 307,9 milhões de reais. Com isso, ficou na décima posição. No ano passado, suas vendas somaram 5,732 bilhões de reais, bem à frente da segunda colocada do setor, a Agrale, com 735,3 milhões.