Economia

Odebrecht Chile cobra pagamentos da Petrobras na Justiça

A subsidiária da Odebrecht no Chile abriu processo contra a Petrobras cobrando pagamento de 7,6 milhões de reais referentes a serviços executados


	Sede da Petrobras, no Rio: pelo menos outras duas companhias se queixam por não receber da Petrobras
 (Vanderlei Almeida/AFP)

Sede da Petrobras, no Rio: pelo menos outras duas companhias se queixam por não receber da Petrobras (Vanderlei Almeida/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 19h36.

Rio de Janeiro - A subsidiária chilena da Odebrecht abriu processo contra a Petrobras na Justiça do Estado do Rio de Janeiro cobrando pagamento de 7,6 milhões de reais referentes a serviços executados naquele país, disse o grupo brasileiro de engenharia nesta terça-feira. 

Em meio a denúncias de corrupção envolvendo contratos da petroleira, pelo menos outras duas companhias se queixam publicamente por não receber pagamentos devidos pela estatal.

Após ações movidas na Justiça por sindicatos que representam funcionários de empresas contratadas pela Petrobras no Rio Grande do Sul e em Pernambuco, a estatal chegou a ter valores bloqueados pela Justiça em novembro, o que já foi revertido.

Em Pernambuco, a Justiça bloqueou 126,7 milhões de reais em ativos da Petrobras para garantir o pagamento de dívidas trabalhistas de mais de 4 mil trabalhadores envolvidos na construção da Refinaria do Nordeste (Rnest).

Já no Rio Grande do Sul, a Justiça chegou a bloquear até 30 milhões de reais da Iesa Óleo & Gás S/A e do consórcio Tupi, integrado pela estatal, após a petroleira rescindir um contrato com um estaleiro na região.

A Odebrecht não detalhou quais os serviços realizados para a Petrobras no Chile e nem deu mais detalhes sobre as negociações entre as duas empresas. A empresa informou apenas que o objetivo da ação é fazer cumprir os contratos assinados e defender seus legítimos interesses. As atividades contratuais, segundo a Odebrecht, teriam sido realizadas e encerradas em fevereiro deste ano.

A companhia frisou ainda que mantém, há décadas, contratos de prestação de serviços com a Petrobras, "todos conquistados de acordo com a lei de licitações públicas." Procurada, a Petrobras respondeu que "está em dia com suas obrigações contratuais" e que não foi intimada da ação judicial.

"Os pagamentos de seus compromissos reconhecidos com todas as empresas estão sendo realizados de acordo com a legislação vigente e com o estabelecido em contrato", disse a Petrobras em nota.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCapitalização da PetrobrasChilecidades-brasileirasEmpresasEmpresas abertasEmpresas brasileirasEmpresas estataisEstatais brasileirasGás e combustíveisIndústria do petróleoMetrópoles globaisNovonor (ex-Odebrecht)PetrobrasPetróleoRio de Janeiro

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo