Economia

OCDE revisa projeção de crescimento do PIB global para 5,8% em 2021

OCDE classificou a recuperação econômica como como "significativa, mas desigual" entre países e setores

LIANYUNGANG, CHINA - 18 DE JANEIRO DE 2021 - Um trabalhador trabalha na linha de produção de uma empresa de tricô de plástico em Lianyungang, província de Jiangsu, leste da China, 18 de janeiro de 2021. Em 2020, o PIB da China atingiu 1.015.986 trilhões de yuans, um aumento de 2,3% acima ano anterior. (Costfoto/Barcroft/Getty Images)

LIANYUNGANG, CHINA - 18 DE JANEIRO DE 2021 - Um trabalhador trabalha na linha de produção de uma empresa de tricô de plástico em Lianyungang, província de Jiangsu, leste da China, 18 de janeiro de 2021. Em 2020, o PIB da China atingiu 1.015.986 trilhões de yuans, um aumento de 2,3% acima ano anterior. (Costfoto/Barcroft/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 31 de maio de 2021 às 07h40.

Última atualização em 1 de junho de 2021 às 08h19.

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) global crescerá 5,8% em 2021 e 4,4% em 2022, em recuperação que a entidade classifica como "significativa, mas desigual" entre países e setores. Os números representam uma leve melhora em relação às projeções anteriores, de expansão de 5,6% este ano e 4% no próximo.

A OCDE prevê crescimento de 8,5% na China, e de 6,9%, nos Estados Unidos, dois países que já retornaram aos níveis anteriores à pandemia, mas de apenas 2,6% no Japão, e de 3,3%, na Alemanha.

Na América Latina, a instituição prevê que o Brasil vai crescer 3,7% em 2021; o México, 5,0%; a Argentina, 6,1%; o Chile, 6,7%; e a Colômbia, 7,6%.

Enquanto nações desenvolvidas devem completar os seus programas de vacinação contra a covid-19 até o último trimestre deste ano, a maior parte das economias emergentes, com algumas exceções, deve ter de lidar com as restrições provocadas pela pandemia por mais tempo, destaca a OCDE, em seu relatório sobre perspectivas econômicas.

O espaço fiscal "apertado" para mais estímulos em países emergentes também os coloca em desvantagem em relação ao mundo desenvolvido, diz a organização, algo que já pode ser comprovado diante do forte aumento das poupanças nos países do G-7, o que deve impulsionar os gastos com consumo nestas regiões.

Ainda sobre emergentes, a OCDE avalia que países exportadores de commodities serão beneficiados pela alta nos preços, enquanto economias baseadas no turismo enfrentarão uma recuperação mais lenta.

Quanto ao mercado de trabalho, o documento espera uma melhora gradual, com a taxa de desemprego dos países da OCDE recuando 1% no período projetado, ainda acima do nível anterior à pandemia de coronavírus. "Empresas em muitos países têm espaço considerável para atender à demanda aprimorada expandindo as horas trabalhadas por funcionário, em vez do tamanho geral de sua força de trabalho", comenta a entidade.

A OCDE ainda projeta que o comércio global deve se fortalecer em 2021, apesar da atividade "persistentemente fraca" do setor de serviços. Caso a pandemia siga provocando restrições sanitárias, e por consequência mine a confiança de potenciais viajantes, o comércio de serviços permanecerá "subjugado", na avaliação da OCDE.

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