Economia

OCDE aponta dano limitado do Brexit e Brasil ganhando força

Índice da OCDE mostrou que o Brexit teve pouco impacto imediato fora do Reino Unido, e mostrou que países emergentes, como o Brasil, estão se recuperando


	OCDE: indicador que identifica tendência da atividade econômica subiu de 99,8 em junho para 100,3 em julho no Brasil
 (Antoine Antoniol/Bloomberg)

OCDE: indicador que identifica tendência da atividade econômica subiu de 99,8 em junho para 100,3 em julho no Brasil (Antoine Antoniol/Bloomberg)

DR

Da Redação

Publicado em 8 de setembro de 2016 às 09h18.

Paris - A perspectiva da economia global não mudou após o Reino Unido votar por sua saída da União Europeia, em plebiscito realizado no fim de junho, segundo o índice de indicadores antecedentes divulgado hoje pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

A OCDE, que tem sede em Paris, havia suspendido em julho a publicação do indicador - que procura identificar a tendência futura da atividade econômica -, com o argumento de que o plebiscito britânico dificultaria a interpretação de uma série de dados econômicos.

Antes da votação no Reino Unido, muitos economistas temiam que a vitória do chamado "Brexit" poderia gerar fortes incertezas e comprometer o crescimento da Europa e em outras partes do mundo.

O índice da OCDE, porém, mostrou que o plebiscito teve pouco impacto imediato fora do Reino Unido.

"Embora haja incerteza sobre a natureza do acordo que o Reino Unido eventualmente fechará com a UE, a volatilidade nos dados publicados nas semanas que se seguiram ao plebiscito parece ter diminuído", observou a OCDE.

O índice de indicadores antecedentes, que se baseou em informações disponíveis em julho, apontou crescimento estável na maioria dos países desenvolvidos, incluindo os EUA.

Por outro lado, o índice sugere que o crescimento está ganhando força em grandes países em desenvolvimento, como Brasil, China e Rússia, em contraste com resultados dos primeiros meses do ano.

No cálculo geral, o índice dos 34 países-membros da OCDE ficou inalterado em julho, em 99,7. Apenas o do Brasil subiu para 100,3 em julho, de 99,8 em junho, enquanto o da China avançou para 99,2, de 99,0, e o da Rússia aumentou para 99,9, de 99,5.

Leituras abaixo de 100 indicam crescimento mais fraco que a tendência e resultados acima de 100 sinalizam expansão maior que o normal.

Fonte: Dow Jones Newswires.

Acompanhe tudo sobre:Brexiteconomia-brasileiraOCDE

Mais de Economia

BNDES vai repassar R$ 25 bilhões ao Tesouro para contribuir com meta fiscal

Eleição de Trump elevou custo financeiro para países emergentes, afirma Galípolo

Estímulo da China impulsiona consumo doméstico antes do 'choque tarifário' prometido por Trump

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto