Barack Obama: presidente alertou que cortes "indiscriminados" em setores como educação e defesa levarão à perda de empregos (REUTERS/Jason Reed)
Da Redação
Publicado em 5 de fevereiro de 2013 às 18h09.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta terça-feira que o Congresso americano apresente um plano orçamentário de curto prazo para evitar os cortes automáticos de despesas que devem entrar em vigor em 1º de março e com isso não se interrompa o "caminho rumo à prosperidade".
"Ainda acho que podemos alcançá-lo com um enfoque balanceado de cortes de despesas e mais reformas tributárias", disse Obama em um comparecimento na Casa Branca;
Além disso, o presidente alertou que cortes "indiscriminados" em setores como educação e defesa levarão à perda de empregos e à diminuição da recuperação econômica dos Estados Unidos.
Por uma decisão do Congresso adotada em 2011, com a ausência de um acordo sobre a redução do déficit público entrará em vigor em 1º de março cortes automáticos das despesas, a maior parte delas no orçamento destinado à defesa.
O objetivo de Obama é que o Congresso aprove um plano de curto prazo que combine reduções de despesas e aumento da arrecadação fiscal para evitar estes cortes, que estavam previstos inicialmente para o começo de 2013 mas que foram adiados.
Se o Congresso "não é capaz de atuar imediatamente" para conseguir um acordo sobre o déficit, pelo menos "deveria aprovar" agora um "plano menor" com cortes de despesas e uma reforma tributária, defendeu o líder.
"Não podemos cortar nosso caminho rumo à prosperidade", advertiu ao lembrar que nos últimos meses a economia americana apresentou sinais "positivos".
Além disso, Obama disse que as propostas que fez no ano passado ao presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, durante as negociações para evitar o "abismo fiscal", continuam sobre a mesa, entre elas um aumento tributário para os cidadãos mais ricos e cortes em alguns programas sociais.
O presidente assinou nesta segunda-feira uma lei aprovada pelo Congresso que autoriza o governo a ultrapassar o limite de endividamento além do teto de US$ 16,4 trilhões e concede três meses a mais de prazo, até maio, para um acordo sobre a redução do déficit.
A lei permite que o governo siga se endividando até 19 de maio. Mas se o Congresso não alcançar um acordo para elevar o teto da dívida antes dessa data, o Departamento do Tesouro terá que recorrer a medidas extraordinárias para cumprir com as obrigações internacionais do país.