Barack Obama: Essa medida incluiria elementos do plano tributário de Obama, que defende prorrogar as reduções tributárias aprovadas durante o mandato de George W. Bush (Mandel Ngan/AFP)
Da Redação
Publicado em 27 de dezembro de 2012 às 16h54.
Washington - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, enviará nesta quinta-feira uma proposta aos líderes republicanos do Senado para tentar impedir a partir de janeiro o chamado "abismo fiscal", segundo informaram vários legisladores.
O senador Scott Brown, republicano por Massachusetts, falou através do Twitter e do Facebook da existência dessa proposta.
Obama falou por telefone com o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, e lhe disse que enviaria hoje mesmo uma medida ao Congresso para tentar evitar o "abismo fiscal", afirmou o canal "CNN", que cita duas fontes do Capitólio.
Essa medida incluiria elementos do plano tributário de Obama, que defende prorrogar as reduções tributárias aprovadas durante o mandato de George W. Bush para as famílias que recebem menos de US$ 250 mil anuais, mas se mostrou disposto a subir esse limite até US$ 400 mil.
Um assessor de McConnell explicou que Obama falou na quarta-feira com ele e outros líderes do Congresso "sobre a necessidade que o Senado atue" contra o "abismo fiscal".
Obama aterrissou hoje em Washington na busca por um acordo de última hora com os republicanos que evite a partir de janeiro o aumento generalizado de impostos e cortes de despesas conhecido como "abismo fiscal".
O retorno antecipado de Obama, que em princípio tinha planejado estar no Havaí até o início de janeiro, já era previsto uma vez que resta menos de uma semana para conseguir um acordo.
O líder da maioria democrata no Senado de EUA, Harry Reid, alertou hoje que o país caminha rumo a esse temido cenário pela falta de avanços nas negociações bipartidárias e pediu aos republicanos que apresentem um plano que possa ser aprovado por ambas câmaras do Congresso.
Enquanto isso, o presidente da Câmara dos Representantes, o republicano John Boehner, sustenta que agora é o Senado que deve fazer o próximo movimento nas negociações fiscais.