Washington - O presidente americano, Barack Obama, cumpriu sua promessa de devolver parte de seu salário em solidariedade aos funcionários que viram suas horas de trabalho e salários reduzidos pelos cortes orçamentários.
O Departamento do Tesouro publicou a cópia de um cheque depositado em favor dos cofres públicos por "B e M Obama" (Barack e Michelle) no valor de US$2.858.
Os cheques fazem parte de uma série de sete pagamentos no conceito de "doações" que entre março e setembro de 2013 somam um total de US$20 mil.
Apesar do dinheiro devolvido, o casal presidencial não retirou esse montante de sua declaração de impostos do ano passado.
Obama foi um dos políticos a prometer devolver ou doar parte de seu salário por não ter feito um compromisso bipartidário que substituísse os cortes de horas e salário com outras economias.
O presidente se antecipou a outros políticos relevantes do país em demonstrar com documentos que não ficou com o dinheiro que prometeu ceder pelos cortes de funcionários.
Os salários do presidente, congressistas e senadores não foram afetados pelos cortes.
Além disso, muitos desses funcionários foram afetados na primeira quinzena de outubro do ano passado pelo fechamento da administração pública, o que lhes obrigou a ficar em casa sem receber temporariamente o pagamento.
Os Obama declararam renda bruta de US$481.098 em 2013, US$400 mil pelo salário da Casa Branca e o restante oriundo dos direitos de seus livros.
-
1. Salários
zoom_out_map
1/8 (Jonathan Ernst/Reuters)
São Paulo - Nessa semana, o presidente americano, Barack Obama anunciou que devolverá ao tesouro 5% de seu salário – o valor devolvido chegará a cerca de 20 mil dólares. Obama fará isso em solidariedade aos servidores públicos norte-americanos, que correm o risco de ser afastados, demitidos ou terem diminuição de salário por causa dos cortes federais, de 85 bilhões de dólares, devem afetar muitas áreas. Obama não é o primeiro líder mundial a abdicar de parte de seus rendimentos. Aqui na América do Sul, no
Uruguai, José Mujica doa cerca de 90% de seu salário. Veja outros líderes que abdicaram de parte de seus salários.
-
2. Nicos Anastasiades, Chipre
zoom_out_map
2/8 (©afp.com / Georges Gobet)
Durante a recente turbulência no Chipre, o presidente do país, Nicos Anastasiadis, decidiu reduzir seu salário em 25%. Anastasiadis resolveu extender o corte a membros de seu governo, que perderiam 20% de seus pagamentos. Anastasiadis e os membros do gabinete também renunciaram ao décimo-terceiro salário ao qual têm direito.
-
3. José Mujica, Uruguai
zoom_out_map
3/8 (Presidência do Uruguai)
José Mujica doa cerca de 90% de seu salário como presidente - de cerca de 12 mil pesos (o equivalente a, aproximadamente, 9,3 mil dólares) - para a construção de casas sociais. Mujica vive em uma chácara perto de Montevidéu junto com sua esposa. Eles cultiva flores e hortaliças que vende nos mercados locais. O chefe de Estado anda sem motorista e faz suas próprias compras no bairro.
-
4. Rei Juan Carlos I, Espanha
zoom_out_map
4/8 (César Manso/AFP)
No ano passado, o rei Juan Carlos I, da Espanha, resolveu cortar em 7,1% seu salário bruto. O herdeiro da coroa, príncipe Felipe também optou pelo corte. O corte de representou uma redução de 20,9 mil euros no salário do rei, e de 10,45 mil euros no caso do príncipe. Juan Carlos também diminuiu em 7,1% - o equivalente a 22,3 milhões de euros - as despesas de representação destinadas ao restante da Família Real espanhola. O chefe da Casa Real sofreu um corte na mesma proporção.
-
5. Karolos Papoulias, Grécia
zoom_out_map
5/8 (Sean Gallup/Getty Images)
No começo de 2012, o presidente grego, Karolos Papoulias, renunciou a seu salário de 400 mil euros anuais. O país, que vive os impactos da crise econômica, já havia reduzido o salário mínimo, por indicação de Bruxelas.
-
6. Lucas Papademos, Grécia
zoom_out_map
6/8 (Louisa Gouliamaki/AFP)
-
7. Mario Monti, Itália
zoom_out_map
7/8 (Vincenzo Pinto/AFP)
Na Itália, o primeiro-ministro, Mário Monti, também abdicou de seu salário. Desde que assumiu o cargo, Monti adotou a austeridade – e não só com seu próprio salário. Monti anunciou sua saída do cargo em 25 dezembro de 2012.
-
8. Veja também quem se destacou na política mundial em 2012
zoom_out_map
8/8 (REUTERS/Pablo Martinez Monsivais)