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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h44.
Washington - O presidente dos EUA, Barack Obama, pediu às agências nacionais que promovam as exportações do país, expandam as oportunidades de financiamento de comércio para pequenas e médias empresas e revisem o ultrapassado sistema de controle de exportação. A intenção das medidas é a de estimular a economia e reduzir o desemprego, dobrando as exportações do país nos próximos cinco anos.
Obama apresentará essas propostas e outros planos para o comércio - parte de um esforço mais amplo que, segundo a Casa Branca, vai criar dois milhões de novos empregos - em um discurso na Conferência Anual do Banco de Exportação e Importação. Obama assinará uma ordem executiva criando um Gabinete de Promoção de Exportação, que englobará as Secretarias de Estado, Tesouro, Comércio e outros altos funcionários do governo. O grupo, que se encontrará pela primeira vez no próximo mês, é responsável pela Estratégia Nacional de Exportação de Obama.
O presidente pedirá ainda a reabertura do Conselho de Exportação do Presidente, um painel consultivo do setor privado, que será liderado por Jim McNerney, executivo-chefe da Boeing, e Ursula Burns, CEO da Xerox.
"Eu sei que a questão das exportações e das importações e a do comércio e da globalização têm evocado há muito tempo as paixões de muita gente neste país", disse Obama. "Eu sei que há diferenças de opinião entre democratas e republicanos e entre empresas e funcionários sobre qual seria a melhor abordagem. Mas eu também sei que nós estamos num momento em que a necessidade tem permeado os velhos debates", acrescentou o presidente.
Todas as iniciativas que foram anunciadas hoje podem ser feitas sem uma legislação, disse um funcionário do governo. "Nós somos o maior exportador do mundo, e queremos continuar assim", destacou o funcionário.
Os críticos se queixam de que a Casa Branca não tem baseado sua agenda de comércio em uma ação forte, destacando os acordos comerciais ainda em curso com a Coreia do Sul, Colômbia e Panamá. Os grupos de comércio dizem que a conclusão dos acordos é um caminho seguro para o país criar empregos e permanecer competitivo globalmente. A Câmara de Comércio dos EUA estima que cerca de 400 mil postos de trabalho poderiam ser perdidos se os acordos com a Coreia do Sul e a Colômbia não forem implementados.
A Casa Branca disse mais cedo que está trabalhando para resolver questões pendentes relacionadas aos acordos e implementá-las "no momento apropriado." As informações são da Dow Jones.