Barack Obama anuncia Janet Yellen como nova chair do Fed: presidente cobrou que Senado aprove indicação de Yellen sem atraso, dada urgência da atual situação da economia (Kevin Lamarque/Reuters)
Da Redação
Publicado em 9 de outubro de 2013 às 18h03.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, confirmou hoje a nomeação de Janet Yellen para suceder Ben Bernanke na presidência do Federal Reserve, a partir de fevereiro do ano que vem.
Em evento aberto para a imprensa na Casa Branca, acompanhado de Bernanke e Yellen, Obama agradeceu o primeiro pelo bom trabalho realizado nos últimos anos e disse que a segunda é excepcionalmente qualificada pelo cargo.
Obama cobrou que o Senado aprove a indicação de Yellen sem atraso, dada a urgência da atual situação da economia. "Não podemos ameaçar o progresso já feito", alertou, lembrando que o Fed é um dos principais contribuidores para a recuperação. Ele disse que, ao tomar a decisão sobre o sucessor de Bernanke - uma das mais importantes da sua administração - considerou muitos fatores, "principalmente o entendimento do mandato duplo do Fed".
O presidente afirmou que Yellen é uma líder experiente e excepcionalmente bem qualificada. "Ela é durona, não apenas por ser do Brooklin", brincou Obama, se referindo ao distrito de Nova York onde ela cresceu, e que era conhecido pelo ambiente violento algumas décadas atrás. Ele também disse que ela é conhecida pelo bom senso e por ouvir opiniões divergentes, além de entender os custos humanos do desemprego.
"Como vice-presidente do Fed nos últimos três anos, ela tem sido exemplar e uma força motriz para políticas que ajudam a impulsionar a recuperação econômica", acrescentou Obama, lembrando também que ela "soou o alarme" sobre a bolha no setor imobiliário e a recessão.
Em relação a Bernanke, Obama ressaltou que ele liderou o Fed durante alguns dos "mais assustadores desafios econômicos do nosso tempo" e foi "a voz da sabedoria e estabilidade em tempos de volatilidade nos mercados". Segundo o presidente, Bernanke também estabeleceu uma era de mais clareza nas comunicações da autoridade monetária.