Economia

Obama anuncia US$ 3 bilhões para luta contra a fome

O montante será doado por 45 empresas privadas e deve ser destinado à produção agrícola

Barack Obama: "os objetivos são aumentar a renda dos agricultores e tirar milhões de mulheres e crianças da situação de pobreza" (Jewel Samad/AFP)

Barack Obama: "os objetivos são aumentar a renda dos agricultores e tirar milhões de mulheres e crianças da situação de pobreza" (Jewel Samad/AFP)

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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2012 às 13h28.

Washington - O presidente americano, Barack Obama, anunciou nesta sexta-feira, antes do começo da cúpula do G8, o compromisso de empresas privadas em destinar US$ 3 bilhões em investimentos agrícolas para lutar contra a fome e a pobreza.

Em uma conferência organizada pela Agência Americana de Ajuda Internacional (USAID), Obama disse que os países do G8 se empenharão com os compromissos estabelecidos na cúpula de 2009 em L'Aquila (Itália) para investir US$ 22 bilhões em países pobres, especialmente na África.

O governante também falou sobre os fundos estipulados em programas de três anos que no contexto atual se chocam com o cenário de crise e austeridade nos países ricos. "Para a nação mais rica do mundo é um imperativo moral liderar a luta contra a fome", disse.

Segundo Obama, 45 empresas privadas se comprometeram em coordenar projetos com Governos e instituições para tirar dezenas de milhões de pessoas da pobreza. "Os objetivos são aumentar a renda dos agricultores e tirar milhões de mulheres e crianças da situação de pobreza", disse Obama.

No discurso estiveram presentes os líderes de Benin, Etiópia, Gana e Tanzânia. O presidente agradeceu o compromisso dos africanos por um crescimento integrado que permite seus cidadãos abandonar a pobreza.

Obama, que nesta noite dará início à cúpula do G8 como anfitrião em Camp David, disse que a luta contra a pobreza é também um "imperativo econômico", já que a criação de uma classe média na África e em países como o Haiti ou Bangladesh contribuirá para a economia mundial.

Uma nova estratégia também foi destaque na fala do presidente, como a necessidade de ampliar a classe média em países pobres para estimular as exportações e economias das nações industrializadas. "Em lugar de dar comida, nos associamos com países para perseguir objetivos ambiciosos".

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