Economia

O que pesou (e o que aliviou) no bolso do brasileiro em 2018

Números da inflação em 2018 mostram quais foram os alimentos e serviços que tiveram preços em disparada (e até alguns que caíram)

Bolso vazio: a inflação está comportada, mas alguns preços incomodam (jpkirakun/Thinkstock)

Bolso vazio: a inflação está comportada, mas alguns preços incomodam (jpkirakun/Thinkstock)

João Pedro Caleiro

João Pedro Caleiro

Publicado em 12 de janeiro de 2019 às 08h00.

Última atualização em 12 de janeiro de 2019 às 08h00.

São Paulo - Tomate, cebola e gás estão cada vez mais caros, mas o alho e o seguro do carro até que estão mais em conta.

Este é o cenário que surge dos números da inflação fechada de 2018, divulgados nesta sexta-feira (10) pelo IBGE. No balanço geral, a taxa anual ficou em 3,75%.

É um pouco mais do que no ano anterior, mas ainda confortavelmente dentro da meta do governo - que era de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo (3%) ou para cima (6%).

Mas quem costuma ir ao supermercado ou usa determinados serviços sabe que o bolso pesou com alguns gastos específicos como plano de saúde e a energia elétrica. Veja os números:

8 alimentos que subiram dois dígitos no ano:

Variação em 2017Alta em 2018
Tomate-4,23%71,76%
Cebola-0,72%36,71%
Batata-inglesa-3,91%23,76%
Farinha de trigo-11,53%18,10%
Frutas-16,52%14,10%
Cenoura18,24%12,59%
Hortaliças0,88%10,79%
Macarrão-2,90%10,53%

 

E 4 quedas relevantes na mesma categoria:

Variação em 2017Queda em 2018
Feijão fradinho-32,42%-16,73%
Farinha de mandioca-3,93%-13,26%
Alho-22,50%-10,81%
Café moído6,59%-8,22%

Alguns itens não-alimentícios também tiveram forte alta:

Variação em 2017Queda em 2018
Gás veicular8,19%22,18%
Passagem aérea3,09%16,02%
Plano de saúde13,53%11,17%
Tinta3,01%9,20%
Energia elétrica residencial10,35%8,70%
Ônibus interestadual-0,36%8,47%

Enquanto outros da mesma categoria tiveram uma queda relevante:

Variação em 2017Queda em 2018
Seguro de veículo7,19%-8,86%
Aparelho telefônico-6,59%-4,29%
Higiene pessoal1,77%-3,22%

Mas em sempre os itens que mais encareceram são aqueles que fazem maior pressão na inflação. Isso porque a tinta, por exemplo, não é tão central para as famílias quanto a energia elétrica.

Veja quais foram as 6 maiores pressões sobre a inflação no ano:

Alta em 2017Impacto em 2017Alta em 2018Impacto em 2018
Plano de saúde13,53%0,48 p.p.11,170,44 p.p.
Energia elétrica residencial10,35%0,35 p.p.8,700,31 p.p.
Gasolina10,32%0,41 p.p7,240,31 p.p.
Cursos regulares8,37%0,25 p.p.5,680,18 p.p.
Ônibus urbano4,04%0,11 p.p.6,320,17 p.p.
Empregado doméstico6,47%0,27 p.p.3,840,17 p.p.

 

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