EUA e China tentam fazer um novo acordo comercial para evitar novas taxas (Jason Lee/Reuters)
AFP
Publicado em 7 de maio de 2019 às 17h19.
O intercâmbio comercial de bens e serviços entre Estados Unidos e China alcançou um total de US$ 737,1 bilhões no ano passado.
Veja abaixo detalhes do comércio entre as duas maiores economias do mundo:
A China é o terceiro maior exportador de produtos para os Estados Unidos, atrás de Canadá e México. Também é o terceiro maior comprador de serviços americanos, cujo ranking é liderado pela Grã-Bretanha e pelo Canadá.
Estados Unidos e a Europa são, de longe, os maiores compradores de bens chineses.
Em 2018, o déficit comercial dos Estados Unidos com a China foi de US$ 378,7 bilhões. O vermelho da balança representou um aumento de 12,8% em relação ao ano anterior.
No ano passado, os americanos exportaram US$ 120 bilhões em produtos para a China - 7,4% menos que em 2017. Ao mesmo tempo, os Estados Unidos importaram US$ 539 bilhões da China, ou seja, 6,7% mais que um ano antes, segundo o Departamento de Comércio americano.
As principais exportações dos Estados Unidos para a China incluem aviões (US$ 14 bilhões), aparatos eletrônicos (US$ 13 bilhões), instrumentos médicos e ópticos (US$ 9,8 bilhões), bem como carros novos e usados (US$ 9,4 bilhões).
Já os Estados Unidos importaram da China uma ampla gama de produtos, entre os quais destacam maquinário elétrico (US$ 152 bilhões), aparelhos (US$ 117 bilhões), móveis (US$ 35 bilhões), jogos e artigos esportivos (US$ 27 bilhões). Somam-se televisores, celulares, computadores, equipamentos de telecomunicações e acessórios digitais.
No setor de serviços, os Estados Unidos tiveram um superávit de US$ 40,4 bilhões com a China, fruto de áreas com as de marcas registradas, software e transportes, entre outras.
A China exportou viagens, serviços e pesquisa e desenvolvimento.
As exportações da China requerem mais de 1,1 milhão de empregos, segundo a Câmara de Comércio Estados Unidos-China.
Muitos críticos, inclusive membros da Casa Branca, alegam que o traslado de fábricas custou aos Estados Unidos milhões de postos de emprego, desde que a China passou a ser membro da Organização Mundial de Comércio (OMC) em 2001.
Mas vários economistas dizem que a relação entre comércio e emprego não é tão clara: os Estados Unidos estão quase em pleno emprego, apesar do enorme déficit comercial com a potência asiático.
Os empregos perdidos concentraram-se em certas fábricas e localidades, enquanto os empregos conquistados são registrados em todo o país.
Na última década, muitos dos estados americanos elevaram suas exportações para a China mesmo quando as vendas tenham caído no ano passado, disse a Câmara de Comércio Estados Unidos-China.
Em 44 dos 50 estados, a China está entre os cinco maiores exportadores de bens e serviços.
Washington planeja elevar a mais que o dobro as tarifas sobre bens chineses importados por US$ 200 bilhões. Isso incluiria maquinário elétrico, equipamento de televisão, móveis, carros e plásticos.