Economia

Nuvem vulcânica obriga Espanha a fechar mais aeroportos

Bruxelas/ Madri - O aeroporto de Fuerteventura teve de ser fechado nesta terça-feira devido à nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia, somando-se aos de Málaga, Granada, Jerez e La Palma, segundo a autoridade espanhola de aviação Aena. O terminal de Sevilha foi reaberto e foram retiradas as restrições no espaço aéreo entre 20 mil […]

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de maio de 2010 às 20h19.

Bruxelas/ Madri - O aeroporto de Fuerteventura teve de ser fechado nesta terça-feira devido à nuvem de cinzas vulcânicas vinda da Islândia, somando-se aos de Málaga, Granada, Jerez e La Palma, segundo a autoridade espanhola de aviação Aena.

O terminal de Sevilha foi reaberto e foram retiradas as restrições no espaço aéreo entre 20 mil e 35 mil pés, devolvendo ao aeroporto de Madri, em Barajas, sua plena capacidade.

A agência de supervisão aérea Eurocontrol havia alertado sobre um aumento da concentração de cinzas no patamar entre 0 e 20 mil pés na região do aeroporto de Fuerteventura. A agência europeia já havia alertado que a área afetada atravessaria previsivelmente a Península Ibéria e o sudeste da França na tarde desta terça-feira.

Os aeroportos de Málaga e Federico García-Lorca de Granada-Jaén tiveram que fechar a partir das 17h30 locais, enquanto que os terminais de La Palma e Jerez permaneciam fechados desde a madrugada e os dois de Tenerife e La Gomera, assim como os de Badajoz e Sevilha, também afetados desde as primeiras horas, puderam reabrir horas depois, indicou a Aena.

A autoridade espanhola recomenda aos passageiros que entrem em contato com suas companhias aéreas ou com a Aena se têm de voar nas próximas horas.

O Eurocontrol disse que as áreas de grandes concentrações de cinzas em altitudes altas no meio do Atlântico Norte estavam dispersando, melhorando a situação dos voos transatlânticos.

A agência de tráfico aéreo europeu já avisou na segunda-feira que as zonas de maior concentração das cinzas poderiam se mover desde o oceano Atlântico e voltar à Península Ibérica, ameaçando novos fechamentos do espaço aéreo de Espanha e Portugal.


Meses de erupções

Há semanas, a Europa enfrenta reiterados fechamentos do tráfego aéreo, desde que o vulcão em erupção sob a geleira Eyjafjallajokull, na Islândia, começou a lanças cinzas em abril.

O Colégio de Geólogo da Espanha afirmou que a emissão de cinzas de um vulcão em erupção poderia durar poucos meses e lembrou que o mesmo vulcão islandês esteve em erupção durante dois anos no século 19, uma época em que não existia o tráfego aéreo.

"O normal seria muitos meses, mas no século 19 o vulcão esteve dois anos em erupção de maneira intermitente", disse à Rádio Nacional de España (RNE) o vice-presidente do Colégio de Geólogos, Luis Barrera, que recomendou às autoridades que elaborem planos de transporte alternativos.

Centenas de voos foram cancelados durante o fim de semana depois que a mudança de direção da nuvem reacendeu os temores de que as cinzas poderiam danificar o motor dos aviões em pleno voo.

Até agora, o maior fechamento dos terminais durou uma semana, desde 15 de abril. Cerca de 100 mil voos foram cancelados e milhões de passageiros ficaram isolados em terra.

As cinzas vulcânicas são abrasivas e podem afetar as superfícies aerodinâmicas e paralisar o motor de um avião. Também podem danificar os circuitos eletrônicos e os parabrisas das aeronaves.

As últimas paralisações das operações aeroportuárias provocaram críticas sobre como as autoridades de tráfego aéreo estavam lidando com a situação.

As companhias alemãs Lufthansa e Air Berlin pediram às autoridades que reunam informação sobre as partículas de cinza ao invés de se limitar apenas a dados de computadores. 


Acompanhe tudo sobre:AviaçãoDesastres naturaisEuropaSetor de transporteVulcões

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo