Economia

Número de empregados na construção cai ao nível de 2010,

Em 12 meses, o número de demitidos em todo país na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos


	Construção civil: em 12 meses, o número de demitidos em todo país na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos
 (Arquivo/Agência Brasil)

Construção civil: em 12 meses, o número de demitidos em todo país na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos (Arquivo/Agência Brasil)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2016 às 10h33.

São Paulo - O número de trabalhadores formais no setor brasileiro de construção civil retornou em novembro a patamar semelhante ao observado em agosto de 2010, de acordo com pesquisa do SindusCon-SP em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV), com base em informações do Ministério do Trabalho e do Emprego.

Ao fim do mês, o saldo total de empregados na área estava em 2,953 milhões.

O emprego na construção brasileira registrou queda de 0,79% em novembro, na comparação com outubro, desconsiderando fatores sazonais. Nessa conta, foram perdidas 23,224 mil vagas.

Considerando a sazonalidade, o indicador de emprego no país caiu 2,03% na base mensal, com perda de 61,321 mil vagas de trabalho.

Em 12 meses, o número de demitidos em todo país na construção foi de 514,570 mil trabalhadores, uma queda de 14,84% nos empregos. No acumulado do ano até novembro, a baixa foi de 10,90%, com perda de 385,741 mil vagas, frente igual período do ano passado.

Para o vice-presidente de economia do SindusCon-SP, Eduardo Zaidan, a forte queda no nível de emprego da construção em novembro reflete tanto a persistência da retração dos investimentos como o fenômeno sazonal de mais demissões que contratações, que acontece nos dois últimos meses de cada ano, quando o ritmo das obras diminui.

"Sem novos projetos para execução imediata e desprovidas de um horizonte para a retomada da confiança, as empresas da construção continuaram demitindo", comentou.

A preparação de terreno teve a maior retração, com queda de 3,63%, em comparação com outubro, seguido de infraestrutura, com baixa de 3,01%, e pelo segmento imobiliário, que caiu 2,04%.

Já em 12 meses, a área imobiliária foi a mais afetada, com retração de 18,12%, enquanto infraestrutura perdeu 16,86% e preparação de terrenos, -16,03%.

No acumulado do ano, contra o mesmo período do ano anterior, o segmento de infraestrutura apresentou a maior queda (-14,46%), seguido pelo segmento imobiliário (-13,0%).

São Paulo

No Estado de São Paulo, o emprego caiu 1,62% em novembro em relação com outubro, considerando efeitos sazonais, com o corte de 12,808 mil vagas. Desconsiderando a sazonalidade, a queda no período foi de 0,71%, ou 5,594 mil vagas.

No acumulado ano, a redução do número de empregados no Estado foi de 7,77%, sendo que o segmento imobiliário respondeu pelo pior desempenho, com baixa de 10,07%.

Já na comparação de novembro com igual mês do ano passado, a baixa atingiu 10,50%. O estoque de trabalhadores caiu para 776,400 mil.

Acompanhe tudo sobre:Construção civilDesempregoEmpregos

Mais de Economia

BB Recebe R$ 2 Bi da Alemanha e Itália para Amazônia e reconstrução do RS

Arcabouço não estabiliza dívida e Brasil precisa ousar para melhorar fiscal, diz Ana Paula Vescovi

Benefícios tributários deveriam ser incluídos na discussão de corte de despesas, diz Felipe Salto

Um marciano perguntaria por que está se falando em crise, diz Joaquim Levy sobre quadro fiscal