Economia

Número de brasileiros negativados sobe 3,9% e chega a 62 milhões, diz SPC

Maior aumento ocorreu entre os mais velhos; na faixa entre os 65 e 84 anos, alta foi de 10% em relação ao mesmo período no ano passado

Endividamento: desemprego e baixa renda prejudicam o orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores (Stas_V/Thinkstock)

Endividamento: desemprego e baixa renda prejudicam o orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores (Stas_V/Thinkstock)

AB

Agência Brasil

Publicado em 11 de outubro de 2018 às 17h45.

Um levantamento feito pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) mostra 62,4 milhões de brasileiros estavam com as contas em atraso em setembro.

Apesar de a taxa ter se mantido estável na comparação mensal, a pesquisa aponta que o número de inadimplentes aumentou 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado.

O aumento mais acentuado da inadimplência acontece entre a população mais velha. O número de idosos negativados, na faixa entre os 65 e 84 anos, cresceu 10% em relação ao mesmo período no ano passado. A estimativa é que 5,4 milhões de idosos estejam inadimplentes.

Na faixa entre 50 e 64 anos também houve aumento no número de negativados em relação ao ano passado (6,2%), alcançando 12,9 milhões.

Na população entre 40 e 49 anos, o crescimento foi de 4,9%, com 14 milhões de inadimplentes.

Os dados apontam ainda que a maior parte dos inadimplentes permanece na faixa dos 30 aos 39 anos, que representa a metade dos brasileiros endividados. Já o número de jovens entre 25 e 29 anos com o nome sujo soma hoje 4,4 milhões.

Quase metade da população adulta da região Norte está com o nome sujo, somando 5,8 milhões de inadimplentes. Em seguida está o Nordeste, com 17,2 milhões (42% da população); Centro-Oeste, com 5 milhões (42,3%); Sudeste, com 27 milhões (39,1%); e Sul, com 8,4 milhões (37,2%).

 

 

Segundo o SPC Brasil, o desemprego e a baixa renda ainda prejudicam o orçamento e a capacidade de pagamento dos consumidores, e que esse quadro só deverá ser revertido com a melhora no mercado de trabalho e uma recuperação econômica vigorosa.

O indicador de inadimplência do consumidor é apurado com de acordo com as informações disponíveis nas bases de dados às quais o SPC Brasil e o CNDL têm acesso. As informações referem-se a capitais e interior das 27 unidades da federação.

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