Economia

Novo Refis não deve gerar perda fiscal neste ano, diz Meirelles

Falando a jornalistas, o ministro afirmou que o texto do novo Refis deverá ser enviado ao Congresso até esta quinta-feira

Henrique Meirelles (Paulo Whitaker/Reuters)

Henrique Meirelles (Paulo Whitaker/Reuters)

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Reuters

Publicado em 31 de maio de 2017 às 16h19.

Última atualização em 31 de maio de 2017 às 16h35.

Brasília - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou nesta quarta-feira que o novo formato do Programa de Regularização Tributária (PRT), conhecido como Refis, pode não gerar perda fiscal para o governo neste ano, o que a equipe econômica vê acontecendo só em 2019.

Falando a jornalistas, o ministro afirmou que o texto do novo Refis deverá ser enviado ao Congresso até esta quinta-feira.

"Pode ser inclusive que, dependendo das circunstâncias, não haja, por exemplo, nenhuma perda esse ano. Pode ser que esse ano inclusive haja um ganho", disse o ministro.

"Agora, pelos nossos cálculos, pode haver uma perda talvez no ano de 2019, mas nós estamos fazendo os devidos cálculos e vamos publicar isso", acrescentou.

Em seus moldes originais, o governo previa arrecadação de 8 bilhões de reais com o PRT, voltado para empresas e pessoas físicas regularizarem seus débitos tributários. O texto foi afrouxado pelo Congresso Nacional, o que fez o governo decidir enviar nova proposta para tentar minimizar os eventuais prejuízos que teria com o projeto aprovado em comissão parlamentar.

Depois de participar de cerimônia de posse do novo ministro da Justiça, Torquato Jardim, Meirelles reiterou discurso do governo de que não há um plano B para a reforma da Previdência e que ela deve ser aprovada como está. Afirmou também que é "muito prematuro" dizer o quanto a crise política estaria afetando a economia.

"A economia reage com uma defasagem, com o devido tempo. Os mercados financeiros, em termos de preços, estão relativamente estáveis", disse.

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