Economia

Novo presidente do BNDES diz que tem "olhar para o futuro"

Rabello, atual presidente do IBGE, foi nomeado nesta sexta-feira para o comando do BNDES pouco depois da economista Maria Silvia Bastos renunciar

Paulo Rabello de Castro: "Estou indo para cumprir a missão institucional do banco, que é o crédito" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

Paulo Rabello de Castro: "Estou indo para cumprir a missão institucional do banco, que é o crédito" (Wilson Dias/Agência Brasil/Agência Brasil)

R

Reuters

Publicado em 26 de maio de 2017 às 21h55.

Rio de Janeiro - O novo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o economista Paulo Rabello de Castro, afirmou que chegou ao comando do banco com a missão de olhar do "presente para o futuro" e de ajudar o empresariado industrial e a economia do país.

Rabello, atual presidente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foi nomeado nesta sexta-feira para o comando do BNDES pouco depois da economista Maria Silvia Bastos Marques apresentar renúncia ao presidente Michel Temer.

"Estou indo para cumprir a missão institucional do banco, que é o crédito... a visão tem que ser pró-ativa, ou seja, olhar do presente para o futuro", afirmou Rabello em entrevista à Reuters.

"Aceitei essa missão dada pelo presidente Temer, num momento difícil do país, para juntar pessoas, cumprir missão, melhorar o ambiente produtivo, principalmente para o machucado setor industrial brasileiro. O tema do BNDES é crédito e é disso que vamos tratar... vamos dar de forma criteriosa", acrescentou.

De janeiro a abril, os desembolsos do BNDES acumularam queda de 15 por cento, para 21,4 bilhões de reais.

Questionado sobre a investigação dos mais de 8 bilhões de reais em financiamentos concedidos pelo BNDES ao grupo JBS, o novo presidente do banco de fomento afirmou que vai estudar a carteira do BNDES, inclusive o empréstimo à processadora de carne bovina.

"Não vejo porque ter um foco especial no passado. Meu colega Luciano Coutinho (antecessor de Maria Silvia no BNDES) merece todo meu respeito... não conheço o caso JBS. Vou ver a operação de crédito quando lá chegar."

Ao comentar sobre Maria Silvia, Rabello afirmou que a ex-presidente do BNDES "trabalhou de forma caprichosa para dar a robustez que o banco precisa ter".

Acompanhe tudo sobre:BNDESGoverno TemerIBGEMaria Silvia Bastos Marques

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo