Economia

Novo presidente do Bird diz estar aberto a países ricos

Jim Yong Kim, afirmou que está aberto à possibilidade de a instituição fornecer opinião técnica para lidar com problemas estruturais em países desenvolvidos como a Grécia

Jim Yong Kim, novo presidente do Bird: porta do diálogo abertas para auxiliar economias em crise, como a Grécia (Antonio Scorza/AFP)

Jim Yong Kim, novo presidente do Bird: porta do diálogo abertas para auxiliar economias em crise, como a Grécia (Antonio Scorza/AFP)

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Da Redação

Publicado em 2 de julho de 2012 às 20h36.

Washington - O novo presidente do Banco Mundial, Jim Yong Kim, afirmou nesta segunda-feira que está aberto à possibilidade de a instituição fornecer opinião técnica para lidar com problemas estruturais em países desenvolvidos como a Grécia, em uma forte mudança da postura de luta contra a pobreza da instituição.

Enquanto Kim ressaltou que sua prioridade seria proteger nações em desenvolvimento em um "momento crucial" para uma economia global que perde força rapidamente, ele disse também que o Bird poderia fornecer experiência técnica para ajudar países mais ricos com problemas estruturais.

"Nós só vamos aos países quando pedido, mas acredito que o tipo de opinião técnica que temos pode ser relevante em muitos, muitos países do mundo, incluindo os de alta renda", disse Kim a repórteres em seu primeiro dia como presidente do banco.

"Conversei com nossos funcionários... e minha equipe sente que tem experiência relevante que pode adicionar valor, e se esse for o caso e houver um pedido, posso estar aberto à possibilidade" de ajudar a Grécia, completou.


O presidente anterior do Bird, Robert Zoellick, já havia descartado a ideia de o banco se envolver na Grécia.

Ainda assim, muitos especialistas em desenvolvimento e alguns analistas têm dito com frequência que a experiência do Banco Mundial na resolução de problemas estruturais em nações em desenvolvimento, como no fortalecimento de suas capacidades institucionais, no combate à corrupção e na atração de investimentos, seria útil em países como Grécia ou Portugal.

Um resgate internacional para a endividada Grécia manteve o país na zona do euro, mas teve como contrapartida cortes profundos de gastos, pobreza e desemprego crescentes.

"Não estamos falando de o Banco Mundial investir grandes quantias de dinheiro em países com alta renda", reforçou Kim. Onde nós achamos que podemos agregar valor (no caso dessas nações) é no apoio técnico em alguns dos temas estruturais que alguns países estão enfrentando", acrescentou.

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