Economia

Em novo orçamento, Trump mantém muro e propõe corte de 5% nos gastos

Presidente norte-americano incluiu verba de US$ 8,6 bilhões para construir muro na fronteira com o México

Donald Trump: muro na fronteira com México é promessa de campanha do presidente norte-americano (Chip Somodevilla/Getty Images)

Donald Trump: muro na fronteira com México é promessa de campanha do presidente norte-americano (Chip Somodevilla/Getty Images)

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EFE

Publicado em 11 de março de 2019 às 12h06.

Última atualização em 11 de março de 2019 às 12h13.

Washington - O novo projeto orçamentário do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, inclui uma verba de US$ 8,6 bilhões para construir o muro com o México e um corte de gastos de 5%, dentro de um crescimento econômico estimado de 3,2% este ano, anteciparam nesta segunda-feira veículos de imprensa locais.

O projeto para o ano fiscal 2020, que começa em 1º de outubro e será revelado nesta segunda-feira, prevê um equilíbrio do orçamento federal nos próximos 15 anos.

"Este orçamento mostra que podemos voltar à saúde fiscal sem colocar um freio em nossa recuperação econômica, enquanto continuamos a investir em prioridades críticas", indicou Russell Vought, diretor interino do Escritório de Orçamento e Gestão da Casa Branca, em declarações ao jornal "The Wall Street Journal".

Além dos polêmicos US$ 8,6 bilhões adicionais para a construção do muro na fronteira sul, a proposta de Trump contempla um corte de US$ 2,7 trilhões, de 5%, nos gastos federais não relacionados com defesa, ao longo dos próximos dez anos.

De fato, o setor de defesa é o único no qual há previsão de aumento de recursos, até US$ 750 bilhões, um valor 4,7% maior que em 2019.

O projeto é mais uma declaração de prioridades do que um verdadeiro plano orçamentário, já que praticamente não conta com chances de ser aprovado diante de um Congresso dividido, no qual os republicanos controlam o Senado e os democratas a Câmara de Representantes.

O orçamento se baseia em projeções econômicas otimistas, com um crescimento estimado de 3,2% este ano, de 3,1% em 2020 e de 3% em 2021.

O primeiro cálculo oficial de atividade econômica em 2018 situou a taxa de expansão em 2,9%.

Essas estimativas contrastam com as do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA, que preveem um progressivo arrefecimento econômico do crescimento para este ano, até 2,3% e de 2% para 2020.

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