Euro: expectativa é de que o BCE mantenha as taxas de juros inalteradas em sua última reunião de política deste ano, que começou às 6h (Daniel Roland/AFP)
Da Redação
Publicado em 5 de dezembro de 2013 às 07h50.
Frankfurt - Novas projeções do Banco Central Europeu (BCE) nesta quinta-feira provavelmente irão apontar que a inflação na zona do euro continuará abaixo da meta até 2015, aumentando a pressão sobre o banco para tomar novas medidas visando a estimular a economia no próximo ano.
A expectativa é de que o BCE mantenha as taxas de juros inalteradas em sua última reunião de política deste ano, que começou às 6h (horário de Brasília), após surpreender os mercado no mês passado com corte em sua principal taxa para mínima recorde de 0,25 por cento.
Com os governos muitas vezes lentos em responder à crise da zona do euro, o banco têm tido um importante papel em tirar o bloco da beira de uma ruptura, mas agora enfrenta resistência a novas medidas da minoria conservadora liderada pela Alemanha.
O corte de novembro ocorreu após uma desaceleração da inflação da zona do euro para 0,7 por cento em outubro --bem abaixo da meta do BCE de pouco menos de 2 por cento. Desde então, ela acelerou para 0,9 por cento e o desemprego caiu em outubro, oferecendo alívio ao BCE.
"Mario Draghi é um homem de ação", disse o economista do Berenberg Christian Schulz sobre o presidente do BCE. "Se ele vir necessidade de ação, então ele agirá...Mas a oportunidade de fazer mais simplesmente não existe porque os dados melhoraram." Na entrevista à imprensa às 11h30 (horário de Brasília), Draghi apresentará projeções de sua equipe do BCE, que incluirão suas primeiras estimativas para 2015.
As novas estimativas darão aos mercados uma ideia da visão do BCE sobre a inflação no médio prazo, o horizonte no qual busca alcançar estabilidade de preço em linha com sua meta.
Se as novas projeções apontarem para uma inflação que ainda claramente estará abaixo da meta do banco central em 2015 --analistas esperam uma projeção de 1,3 ou 1,4 por cento-- aumentarão as expectativas de que o banco tomará nova ação no início do próximo ano.