Sem a reforma, o crescimento do PIB será de apenas 1% (Dedoc/VEJA)
Reuters
Publicado em 15 de abril de 2019 às 16h07.
Brasília — O Ministério da Economia projetou nesta segunda-feira que o país pode ter 170 mil postos de trabalho a mais em 2019 caso a reforma da Previdência seja aprovada tal qual enviada pelo governo, número que crescerá ano a ano até chegar a 2,9 milhões de postos adicionais em 2021.
Nesse cenário, o país começaria 2022, último ano do mandato do presidente Jair Bolsonaro, com um acumulado de 4,3 milhões de empregos formais a mais, apontou a Economia.
Os cálculos, feitos pela subsecretaria de Macroeconomia da pasta, levaram em conta os dados coletados pelo boletim Prisma Fiscal sobre o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) com e sem a reforma previdenciária.
Na visão dos economistas consultados pelo ministério, o crescimento econômico irá acelerar a 2,1 por cento neste ano com a reforma, ante expectativa básica de 1,95 por cento, percentual que considera a aprovação parcial do texto. Sem a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que muda as regras para aposentadoria, a elevação será de apenas 1 por cento.
Segundo o subsecretário de Política Fiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), Marco Antônio Cavalcanti, todos os analistas que responderam ao questionário acreditam numa aprovação da PEC ainda neste ano.
"A análise dos números que enviaram indica, também, que quanto maior a potência fiscal alcançada maior será o crescimento da economia", afirmou ele, em nota publicada pelo ministério.
Para 2020, a previsão é de ganho de 3 pontos percentuais, comparando com um cenário em que não haja aprovação da reforma.
A pesquisa revela que, com a aprovação integral da proposta de reforma da Previdência, enviada pelo governo ao Congresso Nacional, o crescimento do país será de 2,10% em 2019; 3,50% em 2020; 3,45% em 2021; e 3% em 2022.
Por outro lado, sem a aprovação da proposta no Congresso, o crescimento será de 1% em 2019; 0,5% em 2020; 0,75% em 2021; e 1% em 2022.
Os analistas também projetaram o crescimento considerando aprovação parcial da Nova Previdência em 2019. Nesse caso, os números mostram a economia crescendo 1,95% em 2019; 2,8% em 2020; 2,7% em 2021; e 2,5% em 2022.