Combustíveis: a maior oferta de biocombustíveis compensaria a ausência de novas refinarias de petróleo no país no curto prazo (Marcelo Camargo/Agência Brasil)
Reuters
Publicado em 25 de setembro de 2017 às 18h07.
São Paulo - O RenovaBio tem 78 por cento de chances de contribuir para a redução nos preços dos combustíveis nos próximos anos no Brasil, afirmou nesta segunda-feira o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Miguel Ivan Lacerda, no Novacana Ethanol Conference, em São Paulo.
Ele, porém, não deu detalhes a respeito do cálculo.
"O RenovaBio é garantia de previsibilidade para a produção de biocombustíveis. Não vai resolver o problema de endividamento das usinas, mas vai dar uma sinalização para quem quer investir", disse, referindo-se a um provável aumento de produção desses produtos graças ao programa do governo federal, atualmente em análise na Casa Civil.
Ainda, segundo ele, a maior oferta de biocombustíveis compensaria a ausência de novas refinarias de petróleo no país no curto prazo.
Isso evitaria maiores importações de combustíveis fósseis e, consequentemente, contribuiria para redução dos preços dos produtos, explicou.
Lançado no fim de 2016, o RenovaBio é voltado à expansão dos biocombustíveis no Brasil até 2030, com metas de uso atreladas a emissões de gases do efeito estufa para se atender os compromissos assumidos pelo país na COP 21, em Paris.
O setor de cana esperava, inicialmente, que o projeto fosse encaminhado ainda no mês passado para análise do Congresso Nacional.