Enquanto o banco central tem como meta um aumento anual de 2% no principal índice de preços ao consumidor, o governo planeja usar um outro índice, que também exclui os custos de energia (REUTERS/Yuya Shino)
Da Redação
Publicado em 9 de julho de 2013 às 12h33.
Tóquio - O governo japonês planeja adotar uma medida diferente de inflação para o banco central, disse um funcionário à Reuters, em um movimento que pode significar em mais tempo para que o Japão se veja livre da deflação.
O primeiro-ministro Shinzo Abe obteve uma vitória sobre a queda de preços de quase duas décadas, umas das principais promessas políticas. Seu pacote "Abenomics" de gastos do governo e medidas por parte do Banco do Japão (BOJ) enviou os preços das ações a uma forte alta e o iene ao menor nível este ano.
Enquanto o banco central tem como meta um aumento anual de 2 por cento no principal índice de preços ao consumidor, que exclui os preços voláteis de alimentos frescos, o governo planeja usar um outro índice, que também exclui os custos de energia.
A mudança eleva efetivamente o nível da meta de inflação de Abe, já que significa que os preços mais elevados da energia seriam retirado da equação.
O representante, que estava envolvido na decisão de mudar para o índice, disse que a mudança foi feita para ajudar a garantir que a terceira maior economia do mundo realmente interrompa o ciclo de deflação.
"A menos que tenhamos um aumento não temporário de preços, isso (a deflação) não irá se reverter, não poderemos dizer que já escapamos da deflação", disse o funcionário sob condição de anonimato.
A mudança poderia resultar em mais pressão sobre o banco central para continuar colocando dinheiro no mercado conforme a meta de inflação torna-se mais difícil de alcançar.