Economia

Noruega retira maior fundo soberano do mundo das empresas de petróleo

Decisão, declarada como econômica e não ambiental, pretende reduzir exposição do país escandinavo ao combustível

Petróleo: decisão norueguesa afeta empresas de exploração e de produção do combustível (André Valentim/Site Exame)

Petróleo: decisão norueguesa afeta empresas de exploração e de produção do combustível (André Valentim/Site Exame)

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AFP

Publicado em 8 de março de 2019 às 10h25.

O fundo soberano da Noruega, o maior do mundo e sustentado com petrodólares, vai abandonar as empresas de petróleo para reduzir a exposição do país escandinavo ao combustível, anunciou o governo norueguês nesta sexta-feira.

A decisão foi determinada por razões econômicas, e não ambientais, mas a saída de um investidor avaliado em mais de um trilhão de dólares pode ser interpretada como um duro golpe contra as energias fósseis poluentes.

"O objetivo é reduzir a vulnerabilidade de nossa riqueza comum ante um retrocesso permanente dos preços do petróleo", afirmou a ministra das Finanças, Siv Jensen, em um comunicado.

A decisão, que afeta as empresas de exploração e de produção de petróleo, foi tomada após uma recomendação neste sentido do Banco Central da Noruega.

A instituição, responsável por administrar o "fundo petroleiro", provocou uma grande polêmica em novembro de 2017 ao promover uma saída dos valores oriundos do petróleo para reduzir a exposição das finanças públicas a uma queda considerável dos preços como a ocorrida em 2014.

A Noruega é o maior produtor de petróleo da Europa ocidental. O petróleo e o gás natural representam quase metade das exportações e 20% do faturamento do Estado, que enriquecem o fundo soberano, ao qual Oslo recorre para financiar seu orçamento.

Para limitar a vulnerabilidade do Estado, o Banco Central defendia o fim da destinação de parte deste dinheiro a títulos relacionados ao petróleo, como foi decidido nesta sexta-feira.

No fim de 2018, o fundo possuía 37 bilhões de dólares em ações do setor, com participações de peso na Shell, BP, Total e ExxonMobil,

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