Economia

Noruega quer usar petróleo para estimular economia em 2017

Governo vai destinar valor recorde de sua arrecadação com o petróleo em 2017 para estimular uma economia afetada pelos preços reduzidos do produto


	Petróleo: após uma desaceleração provocada pela queda da cotação do produto, a economia norueguesa, muito dependente dos combustíveis, mostra sinais de recuperação
 (Plataformas de petróleo em alto mar)

Petróleo: após uma desaceleração provocada pela queda da cotação do produto, a economia norueguesa, muito dependente dos combustíveis, mostra sinais de recuperação (Plataformas de petróleo em alto mar)

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Da Redação

Publicado em 6 de outubro de 2016 às 10h53.

A Noruega vai destinar um valor recorde de sua arrecadação com o petróleo em 2017, ano eleitoral, para estimular uma economia afetada pelos preços reduzidos do produto, de acordo com um projeto de orçamento divulgado nesta quinta-feira.

O governo de direita pretende utilizar 225,6 bilhões de coroas (25 bilhões de euros na cotação atual) de recursos obtidos com o petróleo, o que representa 20 bilhões a mais que este ano. O valor corresponde a 0,4% do PIB, segundo o governo.

Após uma desaceleração provocada pela queda da cotação do petróleo, que passou de quase 115 dólares o barril em meados de 2014 a algo por volta de 50 dólares atualmente, a economia norueguesa, muito dependente dos combustíveis, mostra sinais de recuperação.

Com a redução das taxas de juros, a desvalorização da coroa norueguesa e uma política orçamentária expansiva, o crescimento acelera e o desemprego permanece ao redor de 5%.

Este ano o crescimento do PIB "continental", que não inclui os combustíveis e o transporte marítimo, foi de 1%. Para 2017, o governo prevê uma expansão de 1,7% e de 2,4% em 2018.

"Mas é muito cedo para declara que a economia norueguesa está saneada", afirmou a ministra da Economia, Siv Jensen, ao apresentar o projeto de orçamento de 2017.

O governo planeja utilizar 3% de seu fundo soberano, o mais importante do mundo, de 7,131 trilhões de coroas (793 bilhões de euros). O valor supera os 2,8% utilizados este ano, mas menos que os 4% autorizados.

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