Economia

No curto prazo, inflação mostra resistência, diz Tombini

Presidente do Banco Central defendeu que as perspectivas são de que taxa vai declinar ao longo de 2013


	Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "no curto prazo, a inflação mostra resistência, mas as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013"
 (REUTERS/Ueslei Marcelino)

Presidente do Banco Central, Alexandre Tombini: "no curto prazo, a inflação mostra resistência, mas as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013" (REUTERS/Ueslei Marcelino)

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Da Redação

Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 09h57.

São Paulo - O presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, afirmou nesta quinta-feira que, no curto prazo, a inflação mostra resistência, mas defendeu que as perspectivas são de que ela vai declinar ao longo de 2013.

Tombini fez a declaração após a divulgação de que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2012 com alta acumulada de 5,84 por cento, dentro da meta do governo de 4,5 por cento com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

"No curto prazo, a inflação mostra resistência, mas as perspectivas indicam retomada da tendência declinante ao longo de 2013", disse Tombini em comunicado sem citar, no entanto, que a inflação caminhará para o centro da meta neste ano.

Em outras ocasiões, o presidente do BC havia defendido que a inflação convergiria para o centro do objetivo --também estabelecida em 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais-- ao longo de 2013.

Ao lembrar que houve recuo da inflação em relação ao que se observou em 2011, Tombini destacou as pressões decorrentes das commodities agrícolas.

"Na segunda metade de 2012, observaram-se pressões de preço decorrentes de choques desfavoráveis no segmento de commodities agrícolas, dentre outros fatores", disse ele no comunicado.

O objetivo de inflação em 2012 foi alcançado pelo nono ano seguido, mas há três que o IPCA fica na parte superior da meta. Em 2011, o índice fechou exatamente no teto de 6,50 por cento, enquanto que em 2010, em 5,91 por cento.

Para 2013, o mercado calcula que o IPCA terá alta de 5,49 por cento, segundo pesquisa do Focus do próprio BC da última semana.

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