Bandeira do estado de São Paulo: na série sem ajuste, o indicador subiu 0,80% no mesmo período (Pedro Zambarda/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 14 de junho de 2012 às 11h26.
São Paulo - O Índice de Nível de Emprego da Indústria de São Paulo avançou 0,29 por cento em maio na comparação com o mês anterior, com dados ajustados sazonalmente, informou nesta quinta-feira a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
Na série sem ajuste, o indicador subiu 0,80 por cento no mesmo período. Na comparação com maio do ano passado, foi registrada baixa de 2,94 por cento, ainda de acordo com a entidade paulista.
Produzido mensalmente pela Fiesp, o indicador toma como base a resposta de questionários enviados a empresas e sindicatos relacionados à indústria de transformação, para medir contratações e demissões no estado de São Paulo.
Em escala nacional, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou na segunda-feira que o emprego na indústria em abril registrou contração de 0,3 por cento sobre março, recuando 1,4 por cento frente ao mesmo mês de 2011.
Dados sobre emprego têm sido importantes para evidenciar a perda de ritmo da indústria no país, sobretudo após o baixo crescimento do setor em 2011, com peso também no resultado do Produto Interno Bruto (PIB) nacional do primeiro trimestre deste ano, que avançou apenas 0,2 por cento em relação aos três meses anteriores.
Outro medidor importante do ritmo industrial no país é a utilização da capacidade instalada (UCI), que, segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI), caiu para 81,0 por cento em abril, contra 81,5 por cento em março, com dados dessazonalizados.
O governo tem anunciado uma série de medidas para impulsionar o avanço industrial e evitar o que empresários ligados ao setor chamam de "processo de desindustrialização em curso".
O Banco Central também vem tentando impulsionar a economia, e uma das medidas tem sido a redução da Selic. No final de maio, a autoridade monetária reduziu a taxa básica em 0,50 ponto percentual, para o recorde mínimo de 8,50 por cento ao ano, e deixou a porta aberta para mais cortes "com parcimônia." A recente trajetória de alta do dólar frente ao real ajuda a competitividade da indústria, mas os representantes do setor apontam ainda os custos da energia e os juros considerados ainda altos como alguns fatores na contramão do crescimento.