Fábrica da Mundial: apesar dessa queda, o índice ainda demonstra expectativa positiva do empresário do comércio paulistano, já que somou 139,5 pontos (Kiko Ferrite/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 28 de agosto de 2012 às 16h44.
São Paulo - Em julho, os empresários do comércio paulistano mostraram-se menos confiantes com a economia, mas ainda estão otimistas. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio, divulgado hoje (28) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio), apresentou queda de 8,7% em julho em comparação ao mês anterior, atingindo 105,4 pontos, em uma escala que varia entre 0 e 200 pontos e que indica otimismo quando registra índice acima de 100 pontos.
Em entrevista à Agência Brasil, o assessor econômico da Fecomercio, Thiago Freitas, disse que a queda no nível de confiança deve-se principalmente à crise internacional. “Até julho, houve uma desconfiança grande em relação ao cenário macroeconômico. Notícias externas de crise e esses problemas lá fora causam certo tipo de alvoroço para os empresários daqui. Como se trata de um indicador de comportamento, na hora de indagá-los [sobre o nível de confiança], os empresários ficam mais apreensivos”, disse.
Em julho, todos os itens que compõem o indicador apresentaram queda. Entre eles, o Índice de Expectativa dos Empresários do Comércio, que caiu 8,5% em comparação ao mês anterior. Apesar dessa queda, o índice ainda demonstra expectativa positiva do empresário do comércio paulistano, já que somou 139,5 pontos. “O indicador de expectativa está alto. Isso representa que o empresário está apreensivo no curto prazo, mas que confia que isso vai passar a médio e longo prazo”, disse Freitas.
Apesar das incertezas geradas pela crise internacional, Freitas acredita que o empresário do comércio paulistano deve continuar otimista. “Enquanto tiver emprego, renda e crédito, acho difícil o comércio cair”, disse.