Economia

Ninguém pode dizer que o Brasil não é estável, diz Dilma

A presidente ressaltou que o governo petista teve força para que não se repetisse o enredo de outras crises que "desmontaram a estrutura social do país"


	Dilma: ela voltou a dizer que taxas de crescimento menores não são exclusividade do Brasil
 (Antonio Cruz/Agência Brasil)

Dilma: ela voltou a dizer que taxas de crescimento menores não são exclusividade do Brasil (Antonio Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 11 de agosto de 2014 às 16h29.

Porto Alegre e São Paulo - A presidente da República e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), voltou a defender a condução da política econômica de seu governo e rechaçou a ideia de que o Brasil não é estável macroeconomicamente.

"Eu acredito que nós estamos construindo a retomada, um novo ciclo de desenvolvimento. Não sou eu que dito (quando), você depende das condições do mundo, você tem que garantir a sua parte, (garantir) que o seu país tenha condições de crescer, e isso estamos fazendo", afirmou, nesta segunda-feira, em entrevista gravada com jornalistas do Grupo RBS no Palácio da Alvorada, e transmitida pela Rádio Gaúcha.

Dilma voltou a dizer que taxas de crescimento menores não são exclusividade do Brasil e que o mundo ainda está se recuperando da "maior crise econômica dos últimos 80 anos".

"Todos os países desenvolvidos tiveram uma retração de proporções gigantescas. Os emergentes resistiram bastante, mas foram atingidos também. Hoje estamos numa política reativa à crise", reforçou.

A presidente ressaltou que o governo petista teve força para que não se repetisse o enredo de outras crises que "desmontaram a estrutura social do país".

Ela destacou ainda a redução da desigualdade social.

"Tiramos 36 milhões da pobreza e elevamos 42 milhões de pessoas para a classe média, criando um excepcional mercado interno", afirmou.

Segundo Dilma, "ninguém pode dizer que o Brasil não é estável macroeconomicamente".

"Como dizer que não somos estáveis com US$ 380 bilhões de reservas, taxa de câmbio flutuante e inflação dentro da meta há muito tempo", questionou.

Dilma disse que é preciso investir cada vez mais em medidas que possam garantir o aumento da produtividade para continuar a retomada e a recuperação.

"Temos que continuar investindo em infraestrutura, temos que partir para ferrovias, para investimentos em portos e hidrovias", disse.

"Temos que continuar investindo em banda larga e, junto a isso, temos que ter uma política de educação", completou.

A presidente citou a lei que alterou o Simples Nacional e criou o Supersimples, sancionada na semana passada, e disse que ela deu início a uma grande reforma tributária do Brasil.

"O Brasil vai passar pelo novo ciclo, que tem a ver com a melhoria da competitividade produtiva", acrescentou.

Dilma aproveitou a entrevista para defender os programas de governo federal como a construção de creches em parcerias com prefeituras, o Pronatec e o Mais Médicos.

Além disso, a presidente citou a importância da aprovação de destinação dos recursos dos royalties do pré-sal para a educação.

"Temos que transformar uma riqueza finita em permanente. E só tem um jeito, que é aplicar em educação", afirmou.

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