Economia

Nigeriana felicita novo chefe do BM, mas critica escolha

Poucas horas antes de ser anunciada, na última segunda-feira, a designação de Kim, a ministra nigeriana reconheceu sua derrota

A ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala (Vincenzo Pinto/AFP)

A ministra das Finanças da Nigéria, Ngozi Okonjo-Iweala (Vincenzo Pinto/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 17 de abril de 2012 às 16h04.

Abuja - A ministra nigeriana de Finanças, Ngozi Okonjo-Iweala, candidata à Presidência do Banco Mundial (BM), felicitou o presidente eleito da organização, o americano Jim Yong Kim, mas criticou o sistema de escolha.

  1. Em declarações aos jornalistas na última segunda-feira em Abuja, Okonjo-Iweala se comprometeu a trabalhar com Kim. No entanto, acrescentou que é preciso um processo de seleção "mais aberto, transparente e que leve em conta os méritos, para assegurar um déficit democrático na governança global".

A ministra ainda comemorou o fato de uma mulher africana ter sido candidata a um cargo que sempre foi exercido por homens americanos, desde a criação da instituição. "Ganhamos uma importante batalha. Demonstramos que a África pode produzir gente capaz de tramitar na entidade", apontou Okonjo-Iweala.

Poucas horas antes de ser anunciada, na última segunda-feira, a designação de Kim, a ministra nigeriana reconheceu sua derrota e afirmou que a escolha não se baseou nos méritos. Aos 57 anos, Okonjo-Iweala dedicou mais de 20 ao BM. "A decisão não se dá por méritos. Os votos são por peso político e apoios, de modo que venceu os Estados Unidos", disse a candidata.

Em fevereiro, o atual presidente do BM, Robert Zoellick, anunciou que abandonaria seu cargo em 30 de junho, quando Kim assumirá a instituição. 

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaBanco MundialNigériaPolítica

Mais de Economia

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta

Queda estrutural de juros depende de ‘choques positivos’ na política fiscal, afirma Campos Neto

Redução da jornada de trabalho para 4x3 pode custar R$ 115 bilhões ao ano à indústria, diz estudo