Economia

Nestlé alerta para ano difícil após vendas acima do previsto

Para o maior grupo de alimentos do mundo, o crescimento instável nos países desenvolvidos pode atrapalhar seus negócios

Paul Bulcke, diretor executivo da Nestlé: "na maioria dos mercados emergentes a confiança continua dinâmica e rica em oportunidades de crescimento" (Sebastien Feval/AFP)

Paul Bulcke, diretor executivo da Nestlé: "na maioria dos mercados emergentes a confiança continua dinâmica e rica em oportunidades de crescimento" (Sebastien Feval/AFP)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de abril de 2012 às 07h29.

Zurique - A Nestlé, maior grupo de alimentos do mundo, alertou que 2012 pode ser um ano difícil em função do crescimento instável nos países desenvolvidos, enquanto a demanda nos mercados emergentes e o aumento de preços ajudaram as vendas no primeiro trimestre a crescer mais que o previsto.

"Como previsto, 2012 já está se mostrando um ano desafiador", afirmou o presidente-executivo do grupo suíço, Paul Bulcke.

"Em muitos países desenvolvidos, onde a confiança do consumidor está baixa, o clima para negócios está moderado, mas na maioria dos mercados emergentes a confiança continua dinâmica e rica em oportunidades de crescimento", acrescentou.

Os mercados emergentes -que já respondem por mais de 40 por cento das vendas da companhia- cresceram 13 por cento, enquanto nos países desenvolvidos houve alta de apenas 3,1 por cento.

O crescimento orgânico das vendas no primeiro trimestre caiu para 7,2 por cento, ante 7,5 por cento em 2011, mas superou a previsão de 6,6 por cento em pesquisa da Reuters com analistas.

Em valores, incluindo efeitos cambiais, as vendas subiram 5,6 por cento, para 21,4 bilhões de francos suíços (23,4 bilhões de dólares).

O aumento de preços contribuiu com 4,4 por cento do crescimento das vendas, acima dos 3,7 por cento que analistas esperavam. O volume cresceu 2,8 por cento, como previsto.

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoCrises em empresasEmpresasEmpresas suíçasNestléTrigoVendas

Mais de Economia

'Quanto mais demorar o ajuste fiscal, maior é o choque', diz Campos Neto

Manifestantes se reúnem na Avenida Paulista contra escala 6x1

Presidente do Banco Central: fim da jornada 6x1 prejudica trabalhador e aumenta informalidade

Ministro do Trabalho defende fim da jornada 6x1 e diz que governo 'tem simpatia' pela proposta