Economia

Natal terá menos lembrancinhas e mais roupas e acessórios

Pesquisa feita pela Fecomercio-RJ mostrou que aumentou o número de pessoas que pretendem comprar presentes no final do ano

EXAME.com (EXAME.com)

EXAME.com (EXAME.com)

DR

Da Redação

Publicado em 16 de dezembro de 2011 às 16h40.

Rio de Janeiro - Pesquisa nacional divulgada hoje pela Federação do Comércio do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) mostra que o número de brasileiros com intenção de comprar presentes neste Natal é o maior dos últimos três anos. E as famosas lembrancinhas, presentes mais baratos, estão sendo substituídas por roupas e acessórios, mais caros.

A pesquisa, feita em mil residências de 70 cidades do país, incluindo nove regiões metropolitanas, revela que 57% dos consumidores estão dispostos a presentear neste Natal, contra 54% em 2010 e 46% em 2009. O gasto médio dos consumidores com presentes para parentes e amigos também deve aumentar este ano 25% em termos reais, em relação ao ano passado. O valor subiu de R$ 205 em 2010 para R$ 257.

Na avaliação do economista da Fecomércio-RJ Christian Travassos, o mercado formal de trabalho explica a maior disposição do brasileiro de gastar com presentes. “A carteira assinada faz diferença nesse momento”, disse à Agência Brasil.

Ele esclareceu que esse movimento não tem a ver apenas com o maior poder aquisitivo da população ou com a segurança do emprego, mas, também, com o acesso ao crédito. São, para ele, "oportunidades que a formalização do mercado de trabalho permite ao brasileiro na tomada de financiamento, no uso de cartão de crédito, entre outras modalidades de financiamento”.

A intenção de compra é maior (75%) entre os consumidores das classes de poder aquisitivo mais alto (A e B). Seguem-se a classe C, com 55%, e as classes D e E (37%).

A pesquisa destaca que, pela primeira vez, as lembrancinhas ficaram em segundo plano por parte dos consumidores que querem presentear neste Natal. A intenção de compra de produtos de menor valor caiu de 54%, no ano passado, para 42%. Já a intenção de comprar roupas e acessórios subiu um ponto percentual, atingindo 49%, com predominância nas classes A e B (54%) e C (48%).

O aquecimento do mercado de trabalho explica ainda a ampliação do número de pessoas com cartão de crédito. Em 2007, de acordo com sondagem da federação fluminense, 20% da população brasileira tinha o dinheiro de plástico. Este ano, o número subiu para 31% da população com mais de 16 anos. “[O cartão de crédito] é algo novo para uma parcela significativa da população brasileira mas, ao mesmo tempo, já causa um impacto”, comentou o economista.

Acompanhe tudo sobre:ConsumoFecomércioNatalRoupas

Mais de Economia

Oi recebe proposta de empresa de tecnologia para venda de ativos de TV por assinatura

Em discurso de despedida, Pacheco diz não ter planos de ser ministro de Lula em 2025

Economia com pacote fiscal caiu até R$ 20 bilhões, estima Maílson da Nóbrega

Reforma tributária beneficia indústria, mas exceções e Custo Brasil limitam impacto, avalia o setor