Economia

Não podemos fazer nenhuma mudança abrupta na TJLP, diz Levy

A TJLP está presente em diversos contratos, especialmente em programas subvencionados do governo federal através do BNDES


	Joaquim Levy: o ministro afirma que a alteração é necessária dada a discrepância entre essa taxa e a Selic
 (Wilson Dias/ABr)

Joaquim Levy: o ministro afirma que a alteração é necessária dada a discrepância entre essa taxa e a Selic (Wilson Dias/ABr)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2015 às 10h48.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou em evento do Grupo Bradesco para clientes e investidores que o governo não pode fazer nenhuma mudança abrupta na Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).

A TJLP está presente em diversos contratos, especialmente em programas subvencionados do governo federal através do BNDES.

Dito isso, Levy explicou que está em análise uma mudança na TJLP. O ministro afirma que a alteração é necessária dada a discrepância entre essa taxa - desde dezembro, estabelecida em 5,5% ao ano - e a taxa básica de juros, a Selic - desde a semana passada, em 12,25% ao ano. Levy argumentou que não pode haver essa grande dualidade no mercado.

Segundo o governo, o estoque de contratos de financiamento não é afetado por mudanças na taxa de longo prazo. Ou seja, a taxa da TJLP presente nos contratos antigos será respeitada.

Levy afirmou ainda que, à medida que a sociedade e o empresariado tiverem consciência do resultado fiscal e também da tendência sobre a inflação, o crédito voltará ao mercado.

Falando em um contexto sobre a relação entre confiança e disposição para investimentos, o ministro afirmou que "as PPPs (parcerias público-privadas) crescem à medida que se tem confiança no longo prazo".

Sobre o esforço fiscal capitaneado por sua equipe, Levy afirmou que antes de impor novos impostos, o governo tratará de reduzir despesas. "Nosso objetivo é cortar gastos antes de começar a pensar em novos impostos", afirmou Levy.

Petróleo

Quando discorria sobre cenário internacional, Levy afirmou que o preço do petróleo mais baixo é um "choque altamente positivo" para o Brasil.

ICMS

Durante a sessão de perguntas e respostas no encontro, Levy afirmou que o governo apoia o projeto que propõe a alteração no ICMS. Ele disse, contudo, que "não cabe ao governo opinar sobre ICMS, mas o projeto (que tramita no Congresso Nacional) é bom para o equilíbrio da economia".

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