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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h42.
São Paulo - O governo do estado de São Paulo e a prefeitura de São Paulo descartaram o uso de dinheiro público para a construção de um novo estádio para substituir o Morumbi, excluído hoje (16) pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) do projeto da Copa do Mundo de 2014.
Por meio de nota à imprensa, o governo e a prefeitura afirmaram que os "investimentos públicos serão canalizados para obras e intervenções permanentes, como a construção de linhas de metrô e a melhoria do sistema viário e do transporte público". Apesar disso, ambos disseram ter confiança de que a "cidade de São Paulo será uma das sedes da Copa de 2014".
Segundo a CBF, a exclusão do Morumbi da Copa de 2014 se deu porque o dono do estádio, o São Paulo Futebol Clube, e o Comitê da Cidade de São Paulo não entregaram ao Comitê Organizador Local (COL) as garantias financeiras referentes ao projeto aprovado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) no dia 14 de maio. "O Comitê da Cidade de São Paulo enviou recentemente ao COL um sexto projeto, que não será examinado por ter sido entregue fora do prazo estabelecido", diz a nota da CBF.
Na última segunda-feira (14), o governo de São Paulo anunciou que havia enviado ao COL um projeto de adequação do Morumbi e que a obra seria feita com fontes privadas de financiamento. O São Paulo, no mesmo dia, informou que o clube poderia arcar com um projeto no valor de R$ 265,4 milhões. Mas era um projeto diferente e bem mais modesto do que o que havia sido apresentado e aprovado por uma comissão da Fifa em maio e sobre o qual o São Paulo deveria ter dado as garantias financeiras.
Procurada pela Agência Brasil, a assessoria de imprensa do São Paulo informou que não pretende se pronunciar. Uma nova reunião entre o Comitê da Cidade de São Paulo e o COL deve ocorrer em breve para analisar alternativas que permitam fazer da capital paulista uma das sedes da Copa de 2014.