Economia

Não há nada decidido sobre alta de impostos, diz Meirelles

O ministro disse, entretanto, que com a evolução da situação fiscal, se for necessário, haverá elevação de tributos

Henrique Meirelles: "Nosso compromisso é atingir a meta de resultado primário", afirmou o ministro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Henrique Meirelles: "Nosso compromisso é atingir a meta de resultado primário", afirmou o ministro (Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 10 de maio de 2017 às 16h16.

São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse a jornalistas na tarde desta quarta-feira, 10, que não há nada decidido ou programado no momento sobre alta de impostos no Brasil, mas com a evolução da situação fiscal, se for necessário, haverá elevação de tributos.

"Nosso compromisso é atingir a meta de resultado primário", afirmou ele, destacando que hoje o horizonte do governo é atingir esta meta apenas com corte de despesa.

Sobre o resultado do IPCA divulgado nesta quarta, Meirelles afirmou que é um sinal de que a inflação está reagindo também ao ajuste fiscal.

"Em uma situação de incerteza, os formadores de preços tendem a aumentar o preço mesmo que a demanda esteja baixa, para poder se defenderem", disse ele. Com o ajuste fiscal, há queda das expectativas de inflação porque os formadores de preço tendem a aumentar menos os preços.

"Estamos saindo de uma recessão, Portanto não se justifica o nível de inflação que o País tinha antes, que era resultado dos desequilíbrios da economia", ressaltou Meirelles.

Perguntado sobre o ritmo de corte de juros pelo Banco Central, Meirelles voltou a afirmar que um ministro da Fazenda não deve interferir nos assuntos da autoridade monetária.

"É um Banco Central técnico, competente e que sabe o que faz."

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