Henrique Meirelles: "O que vemos agora é resultado da recessão fortíssima em que o País entrou no fim de 2014" (Adriano Machado / Reuters)
Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2016 às 14h13.
São Paulo - O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, avaliou nesta quinta-feira, 29, que a queda de 10% da arrecadação em agosto era prevista. O comandante da equipe econômica do governo Temer reafirmou que não há previsão de aumento de impostos tanto neste como no próximo ano.
"Neste ano, não se configura a necessidade de aumento de impostos. Todas as projeções que estamos fazendo no relatório bimestral de acompanhamento das contas públicas mostra que não se configura essa necessidade", comentou Meirelles, antes de dizer que o Orçamento de 2017 igualmente não contempla reajustes tributários.
O ministro participou na capital paulista da premiação Estadão Empresas Mais, organizada pelo jornal O Estado de S. Paulo em conjunto com a Fundação Instituto de Administração (FIA).
Segundo Meirelles, a arrecadação deve se estabilizar e voltar a crescer na medida em que a economia retomar o caminho do crescimento.
"É uma tendência história de que quando o PIB (Produto Interno Bruto) aumenta, a arrecadação cresce mais. Quando o PIB cai, a arrecadação cai mais. O que vemos agora é resultado da recessão fortíssima em que o País entrou no fim de 2014", afirmou.
"É a maior recessão da história do País", acrescentou o ministro, atribuindo essa situação aos erros da política econômica adotada nos últimos anos.