Economia

Não há espaço para o monopólio em negociações internacionais, diz Dilma

Em meio aos confrontos no Oriente Médio e no Norte da África, a presidente pediu nesta terça-feira que os países se empenhem no que chamou de “diplomacia preventiva”

Em campanha pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, Dilma defendeu que “as Nações Unidas precisam estar à altura de um mundo multipolar” (Roberto Stuckert Filho/PR)

Em campanha pela reforma do Conselho de Segurança da ONU, Dilma defendeu que “as Nações Unidas precisam estar à altura de um mundo multipolar” (Roberto Stuckert Filho/PR)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 17h48.

Bruxelas - Em meio aos confrontos no Oriente Médio e no Norte da África, a presidente Dilma Rousseff apelou hoje (4) para que os países se empenhem no que chamou de “diplomacia preventiva”. Segundo ela, por meio do diálogo e da busca de acordos, é possível prevenir conflitos e tentar impedir o agravamento da violência. Porém, ressaltou que “o mundo atual não permite mais que apenas alguns países tenham voz”.

Em campanha pela ampliação de várias instituições mundiais, como o Conselho de Segurança das Nações Unidas e o Fundo Monetário Internacional (FMI), Dilma ressaltou que a atuação em defesa da paz e do equilíbrio das nações não pode ser papel apenas de alguns países. “Isso não é monopólio de alguns”, disse ela. “As Nações Unidas precisam estar à altura de um mundo multipolar.”

O apelo da presidenta ocorreu durante a 5ª Cúpula Brasil-União Europeia, quando ela se reuniu com os presidentes do Conselho Europeu, Herman Van Rompuy, e da Comissão Europeia, José Manuel Durão Barroso, além de ministros brasileiros. “Precisamos investir mais na prevenção de conflitos e na diplomacia preventiva”, disse ela.

Ontem (3), o primeiro-ministro da Bélgica, Yves Leterme, confirmou o apoio dos belgas ao pleito brasileiro em defesa da ampliação do Conselho de Segurança. Segundo ele, o esforço brasileiro é legítimo e a reforma do conselho, necessária. Atualmente o Conselho de Segurança tem 15 lugares.

Dos 15 assentos, cinco são fixos (China, França, Rússia, Reino Unido e Estados Unidos) e os demais, rotativos (Bosnia e Herzegovina, Alemanha, Portugal, Brasil, Índia, África do Sul, Colômbia, Líbano, Gabão e Nigéria). Para o Brasil, o ideal é ampliar a estrutura para pelo menos 25 lugares. Segundo integrantes do governo, o órgão não reflete o mundo atual, mas o período em que foi criado, após a 2ª Guerra Mundial.

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