Paulo-Guedes (Adriano Machado/Reuters)
Ligia Tuon
Publicado em 27 de março de 2020 às 14h57.
Última atualização em 27 de março de 2020 às 16h39.
Trabalhando de sua casa, no Rio de Janeiro, desde sexta-feira passada, o ministro da Economia, Paulo Guedes, divulgou na tarde de hoje, 27, um vídeo para dizer que não vão faltar recursos para defender os brasileiros diante de duas "grandes ondas" que atingem o país com a escalada da crise do coronavírus.
"Duas ondas avançam em direção ao Brasil. A primeira já nos atingiu, é a da saúde. A segunda, que vem na mesma esteira, pode ser enorme, dependendo da nossa reação, e ameaça nossos empregos e a economia de uma forma nunca vista antes", diz.
Somando todas as medidas anunciadas pelo governo com o que ainda está por vir, afirma Guedes, o pacote emergencial para amenizar os impactos da pandemia chega a 700 bilhões de reais a ser injetados na economia em três meses. A ajuda é direcionada a idosos e pensionistas, autônomos de baixa renda e trabalhadores informais.
O primeiro anúncio, lembrou o ministro, foi o adiantamento do 13º para os beneficiários do INSS. Depois, a inclusão de 1,2 milhão de pessoas no Bolsa Família. Já os trabalhadores informais vão receber 600 reais por mês durante três meses, uma medida capitaneada pelo Congresso.
Para as pequenas e médias empresas, foram liberados 200 bilhões do compulsório, mais 88 bilhões de reais para estados e municípios.
"Algumas medidas são para dar liquidez, outras. para complementar salário das empresas que querem manter os emrpegos", diz.
O governo anunciou também que vai arcar com 25% do seguro-desemprego do trabalhador que tiver salário ou jornada reduzidos em razão da crise. Essa regra, no entanto, pode sofrer alterações.
O Ministério da Economia informou nesta sexta que a parcela que o governo vai conceder aos trabalhadores pode ser maior. A medida será anunciada com mais detalhes assim que estiver concluída.
Veja o vídeo completo: