Economia

Não é momento de gritar que crise está resolvida, diz CE

Vice-presidente da Comissão Europeia disse que, apesar da melhora da situação econômica na União Europeia, a crise ainda não pode ser considerada superada

Vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn: "certamente não é o momento de gritar que a crise está resolvida", afirmou (Ints Kalnins/Reuters)

Vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn: "certamente não é o momento de gritar que a crise está resolvida", afirmou (Ints Kalnins/Reuters)

DR

Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2013 às 11h33.

Vilnius - O vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, disse nesta sexta-feira que apesar da melhora da situação econômica na União Europeia (UE) a crise ainda não pode ser considerada superada, por isso pediu que os países continuem com as reformas e não sejam complacentes.

"Certamente não é o momento de gritar que a crise está resolvida. Isso é claramente prematuro", afirmou Rehn na entrevista coletiva após a reunião de ministros de Economia e Finanças da zona do euro (Eurogrupo) realizada em Vilnius (Lituânia).

"Vejo que há riscos para a recuperação, como a complacência nas políticas e em termos de reformas. A complacência é um luxo que simplesmente não podemos nos permitir", disse o vice-presidente.

Rehn lembrou que o desemprego se mantém em "níveis dramáticos em alguns países do sul da Europa" e disse que muitos lares e negócios ainda enfrentam problemas, especialmente as pequenas e médias empresas, para obter créditos.

"Portanto, é preciso fazer muito mais para eliminar o gargalo" que impede o crescimento da economia, afirmou o vice-presidente da Comissão.

"Por isso que é essencial manter o ritmo das reformas e em alguns casos aumentar as reformas de nossas economias", acrescentou.

Já o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, afirmou que a evolução da zona do euro foi "muito positiva", com um aumento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,3%, a melhora da confiança e a estabilização do desemprego em torno de 12% após dois anos em alta.

No entanto, Dijsselbloem pediu cautela: "é cedo demais para sermos complacentes e necessitamos seguir com nossas reformas. É o que vamos fazer".

Acompanhe tudo sobre:Crise econômicaDesempregoEuropaIndicadores econômicosPIBUnião EuropeiaZona do Euro

Mais de Economia

BNDES firma acordo de R$ 1,2 bilhão com a Agência Francesa para projetos no Brasil

Se Trump deportar 7,5 milhões de pessoas, inflação explode nos EUA, diz Campos Neto

Câmara aprova projeto do governo que busca baratear custo de crédito