Economia

Na era Trump, México busca acordos com Brasil e Argentina

Chanceler mexicano afirmou que prioridade do país é fechar acordos comerciais com Brasil e Argentina

México: país reconheceu a "necessidade imperiosa" de diversificar suas relações econômicas (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

México: país reconheceu a "necessidade imperiosa" de diversificar suas relações econômicas (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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AFP

Publicado em 1 de março de 2017 às 08h54.

No momento em que o México se bate com o presidente americano, Donald Trump, em matéria de livre-comércio, uma das prioridades do governo mexicano é firmar acordos com Brasil e Argentina no curto prazo - disse o chanceler mexicano, Luis Videgaray, na terça-feira (28).

"Hoje, é prioridade da política comercial mexicana estabelecer no curto prazo acordos comerciais com as duas principais economias do Cone Sul", afirmou o ministro, em sessão plenária do Senado mexicano.

O chanceler reconheceu que persistem, com a administração Trump, "notórias diferenças" em diferentes temas, entre eles o Tratado de Livre-Comércio da América do Norte (Nafta, na sigla em inglês), em vigor desde 1994.

Essa situação - admitiu - levou o México a reconhecer a "necessidade imperiosa" de diversificar suas relações econômicas, comerciais e de investimento com outras áreas, além da América do Norte.

"Com respeito às duas principais economias (latino-americanas), Brasil e Argentina, deve-se reconhecer que a relação econômica esteve abaixo de seu potencial, em parte devido à falta de encontro, à falta de vontade recíproca para estabelecer acordos comerciais", acrescentou.

Os Estados Unidos são o destino de mais de 80% das exportações do México, o que deflagrou na América Latina a sensação de que este país lhe deu as costas.

Videgaray garantiu que o processo para estreitar laços com Argentina e Brasil "avança de maneira animadora".

"O México é, sempre foi e sempre continuará sendo um país latino-americano", completou o ministro.

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