O governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia: "Ele [gasoduto mineiro] será totalmente mineiro e com maior capacidade de transporte de gás" (Elza Fiúza/ABr)
Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2013 às 16h34.
Belo Horizonte - O governador de Minas Gerais, Antônio Anastasia (PSDB), esteve em Uberaba (MG) na manhã desta sexta-feira, 29, para anunciar uma solução para o imbróglio envolvendo o gasoduto que sairia de Ribeirão Preto indo até Uberaba.
Após enfrentar a burocracia de órgãos públicos e do governo paulista para levar a tubulação até a divisa entre os estados, Anastasia surpreendeu e disse que irá fazer um gasoduto 100% mineiro.
A obra, vista por ele como "a mais importante e estratégica do governo mineiro nos últimos anos", vai custar cerca de R$ 1,8 bilhão.
Ela será construída em parceria entre Cemig (Centrais Energéticas de Minas Gerais), Petrobras, Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais) e Gaspetro, ligando Belo Horizonte ao Triângulo Mineiro.
O prefeito de Uberaba, Paulo Piau (PMDB), comemorou e disse que atrás do gasoduto vem a fábrica de amônia e, com esses megaprojetos, vem um desenvolvimento sem precedentes para Uberaba e região.
A fábrica era disputada com as cidades paulistas de Ribeirão Preto e São Carlos, mas a própria presidente Dilma Rousseff já havia manifestado que ela ficaria mesmo no Triângulo Mineiro.
Segundo Anastasia, o gasoduto foi oficializado em acordo firmado nesta semana na sede da Petrobras, no Rio de Janeiro. A tubulação partirá de Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, percorrerá 457 quilômetros até chegar a Uberaba.
O governador contou que a única dificuldade para liberar o projeto foi mostrar que este seria o melhor trajeto, já que um parecer da ANP (Agência Nacional do Petróleo) previa os tubos partindo de São Paulo.
Prazo
A previsão é que o gasoduto esteja finalizado até maio de 2016. "Ele será totalmente mineiro e com maior capacidade de transporte de gás", afirmou o governador.
As tubulações transportarão de início 3 milhões de metros cúbicos ao dia de gás natural, combustível suficiente para abastecer a fábrica de amônia e outras indústrias do Triângulo Mineiro.